O clube multidesportivo, Sport Lisboa e Benfica foi o grande vencedor do ranking das grandes empresas da 5ª Edição dos Prémios Índice da Excelência, que distingue em Portugal as organizações que mais investem e apostam em boas práticas de recursos humanos, numa era em que o digital ganha notoriedade.
A empresa de comercialização e distribuição de produtos farmacêuticos, OCP Portugal, ocupou a segunda posição de uma lista de dez grandes empresas, seguida da Moneris – empresa de contabilidade e apoio à gestão, Agap2 – HIQ Consulting e da NORAUTO.
Na categoria das médias empresas, o ranking é liderado pela tecnológica de informação Boost IT, aparecendo nas posições imediatas a Samsys – Consultoria e Soluções Informáticas, CA Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, IT People Innovation e a Doutor Finanças Unipessoal.
Já o grupo das pequenas empresas da 5ª edição dos Prémios Índice da Excelência tem á cabeça a Lopes Barata e Associados, aparecendo no segundo lugar a sociedade de advogados Azevedo Brandão e Associados. A terceira posição é ocupada pela Estoril Sol Digital, seguida da empresa Ganhar – Consultoria de Gestão e da MAXFINANCE.
Para a seleção das empresas foram analisadas e destacadas as boas práticas de gestão humana, num panorama cada vez mais tecnológico, digital e moldado pelas novas formas de trabalho, que funciona também como base de alerta ao tecido empresarial sobre as tendências e a importância do fator humano e exigem, em contexto incerto e de constante adaptação, preparação de pessoas e organizações.
A iniciativa é da consultora portuguesa de gestão especializada em recursos humanos, Neves de Almeida HR Consulting, em parceria com a Human Resources Portugal, Executive Digest e o ISCTE Executive Education.
Em entrevista à FORBES, o partner da Neves de Almeida HR Consulting, Gonçalo de Salis Amaral, garantiu que, assim como todos os anos, e apesar do contexto pandémico, meia a duas centenas de empresas dos vários setores de atividade concorreram para os prémios da edição de 2020.
O responsável lamentou a redução do número de empresas que normalmente participam, ligadas aos setores mais afetados pela pandemia da Covid-19, como são os casos do hoteleiro e turístico, retalho e comércio. “Esta pequena redução nestes setores deveu-se principalmente ao facto de terem tido grande parte da sua força de trabalho em layoff”, apontou.
Colaboradores satisfeitos teletrabalho
Por outro lado, a 5ª edição do estudo de clima organizacional e desenvolvimento do capital humano “Índice da Excelência” analisou também a questão do teletrabalho e concluiu que o mesmo agrada a maioria dos colaboradores inqueridos, desde que não seja em tempo integral.
Os resultados indicam que 74% dos colaboradores estão satisfeitos com o teletrabalho e que apenas 7% dos inqueridos pelo estudo sobre o clima organizacional e desenvolvimento do capital humano refere sentir insatisfação com o trabalho remoto.
De acordo com o estudo a que a FORBES teve acesso, a satisfação é maior entre os colaboradores das médias empresas, enquanto a insatisfação na sua maioria foi manifestada por funcionários de grandes empresas.
“Apesar de a grande maioria dos participantes (74%) revelar satisfação com o trabalho remoto, existem receios ao nível do impacto do mesmo na visibilidade interna e na progressão de carreira, bem como na sobrecarga de horas de trabalho e na gestão do stress, ou no sentimento de pertença, comunicação e trabalho em equipa, o que requer alguma atenção adicional por parte das lideranças e decisores”, afirma o partner da Neves de Almeida HR Consulting.