O grupo Sonae vai sair da aliança no segmento de moda desportiva Iberian Sports Retail Group (ISRG), n qual está integrada a Sport Zone. A operação deverá ficar concluída até ao final deste ano.
De acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo liderado por Cláudia Azevedo vai vender a participação de 30% menos uma ação que detém na ISRG, o que lhe trazer um encaixe financeiro de 300 milhões de euros. A venda vai permitir ainda uma mais-valia de cerca de 175 milhões de euros.
No mesmo comunicado, a Sonae assume que a operação “não terá impacto no volume de negócios nem no EBITDA” (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações). A Sonae detalha ainda que “nos 12 meses findos a 31 de março de 2023, a contribuição da ISRG para o EBITDA consolidado da Sonae (pelo método da equivalência patrimonial) ascendeu a 20 milhões de euros”.
Neste negócio, os espanhóis da Balaiko também vão sair do capital da aliança, que passará a ser controlada na totalidade pelos britânicos do grupo JD, que já eram os acionistas maioritários.
O grupo JD anunciou a compra da posição aos acionistas minoritários, avaliando a aliança em mil milhões de euros. Em maio o grupo britânico assumiu que pretendia centrar-se nos negócios de retalho desportivo casual e endereçou um pedido de esclarecimento por parte dos parceiros portugueses e espanhóis no sentido de que ou vendiam a posição ou compravam as ações detidas pelo grupo britânico.
Esta parceria foi anunciada em setembro de 2017, mas só entrou no mercado em janeiro de 2018. A ISRG contava, até agora, com três acionistas: os britânicos do JD Group com 50%, a Sonae (dona da Sport Zone), com 30% e a família Segarra (espanhóis da Balaiko, donos da Sprinter), com os 20% remanescentes.
Pode ler aqui o comunicado da Sonae na integra: https://web3.cmvm.pt/sdi/emitentes/docs/FR86290.pdf