A Sonae IM, braço de investimento tecnológico da Sonae, liderou, em conjunto com a Israel Growth Partners (IGP), a ronda de financiamento série D no valor de 53,5 milhões de dólares (cerca de 46 milhões de euros) captado pela SafeBreach, a empresa pioneira de simulação de ataques cibernéticos (sigla em inglês BAS, de “Breach and Attack Simulation”).
A ronda, que é o maior investimento realizado numa solução neste espaço, contou ainda com a participação da Sands Capital, do Bank Leumi e do investidor estratégico ServiceNow, bem como dos investidores existentes.
Carlos Alberto Silva, Managing Partner da Sonae IM, e Assaf Harel, General Partner da IGP, vão integrar o conselho de administração da SafeBreach, e Scott Frederick, Managing Director da Sands Capital, juntar-se-á como observador deste conselho.
A ronda mais do que duplica o investimento realizado na SafeBreach, elevando o financiamento total da empresa para mais de 106 milhões de dólares.
A SafeBreach apoia empresas da lista Fortune 1000, entre as quais se encontram as cinco maiores empresas financeiras, além de outras na área da saúde e farmacêuticas que estão na vanguarda do desenvolvimento de vacinas contra a COVID-19 e remediação da pandemia.
“A SafeBreach detém a plataforma de simulação de ataques mais abrangente do mercado – além de contar com mais de 21.000 métodos de ataques mapeados, tem capacidades de priorização flexível, com múltiplas possibilidades de integração e opções de remediação – ao mesmo tempo que é simples de implementar”, afirma Carlos Alberto Silva.
O Managing Partner da Sonae IM salienta: “Nunca tivemos um feedback tão forte e positivo de clientes com elevado nível de exigência e estamos entusiasmados para suportar a empresa a acelerar a sua expansão comercial”.
“Na IGP, procuramos investir em líderes de segmento e a SafeBreach é o exemplo ideal do tipo de organização e tecnologia que apoiamos”, partilha Assaf Harel.
O General Partner da IGP dá conta de que “o mercado de Breach and Attack Simulation tem apresentado um crescimento significativo, intensificado durante este último ano, e a SafeBreach tem todo o potencial para o continuar a liderar. Estamos entusiasmados por apoiar a equipa na liderança desta tendência nos próximos anos”.
O capital irá permitir à empresa expandir para novas geografias, bem como continuar a melhorar as suas soluções em resposta às necessidades dos clientes.
“Com a entrada numa nova fase de crescimento, este investimento vai expandir significativamente os nossos recursos para cobrirmos novos mercados e, ao mesmo tempo, aumentar a disponibilidade da nossa plataforma de validação de segurança contínua amplamente utilizada em empresas de grande dimensão e escala global”, explica Guy Bejerano, cofundador e CEO da SafeBreach. “Perante o cenário de constante evolução das ameaças cibernéticas, muitas organizações investiram na compra de mais produtos de segurança, na expectativa de que isso as tornasse mais seguras. Mas a esperança não é uma estratégia viável – é necessária uma visão holística do risco”, acrescenta.
As razões do investimento
“Os nossos clientes estão focados na melhoria da resiliência cibernética através da redução proativa da vulnerabilidade a ataques e da aceleração de respostas reativas a incidentes”, diz Lou Fiorello, vice-presidente e diretor geral de Produtos de Segurança da ServiceNow. “A SafeBreach ajuda as empresas a reduzirem os seus pontos de exposição a ataques, através de simulações e controlos. Este investimento reflete o compromisso da ServiceNow em ajudar os clientes a protegerem a sua transformação digital.”.
De acordo com a Gartner, as organizações que adotam a gestão de vulnerabilidades baseada no risco terão 80% menos falhas de cibersegurança.
“A nossa filosofia é investir em empresas que se destaquem e que estejam bem posicionadas para enfrentar os problemas do amanhã”, explica Scott Frederick, Managing Director da Sands Capital. “Com uma abordagem única e com a missão de capacitar os diretores de cibersegurança a suportar as decisões de investimento, a SafeBreach é um verdadeiro diferenciador de mercado, cujos objetivos se alinham com os nossos.”
“Usamos a SafeBreach dentro do PayPal para obter uma visão contínua, mensurável e completa das nossas condições de segurança”, adiantou Sean Gray, Diretor Sénior de Estratégia de Segurança da Informação e Gestão de Ameaças da PayPal. “A plataforma não é apenas inestimável no nosso processo de aquisição de empresas, também ajuda a manter-nos protegidos, como parte do nosso programa de segurança cibernética.”