Numa altura em que as tropas israelitas continuam a avançar com uma ofensiva terrestre contra a cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, uma campanha com meses de existência, sob o lema ‘All Eyes On Rafah’ (todos os olhos em Rafah), ganhou força, sobretudo na Europa Ocidental, na Austrália e na Índia, como um apelo à sensibilização de ativistas e grupos humanitários para a guerra em curso.
O slogan parece ter tido origem num comentário de Rick Peeperkorn, diretor do Gabinete da Organização Mundial de Saúde para os Territórios Palestinianos Ocupados, que em fevereiro afirmou que “todos os olhos estão postos em Rafah”, dias depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter ordenado a criação de um plano de evacuação para a cidade antes dos ataques planeados para eliminar o que Netanyahu afirma serem os últimos redutos do grupo militante Hamas.
A frase pretende ser um pedido para que as pessoas não desviem o olhar do que está a acontecer na cidade de Rafah, onde cerca de 1,4 milhões de pessoas estão abrigadas depois de terem fugido dos violentos combates noutros locais de Gaza, ao mesmo tempo que Israel continua a sua ofensiva apesar da grande população civil.
Organizações e grupos de pressão como a Save the Children, a Oxfam, a Americans for Justice in Palestine Action, a Jewish Voice for Peace e a Palestine Solidarity Campaign repetiram o slogan, que tem sido utilizado como grito de guerra em protestos em Paris, Londres, Países Baixos, Nova Iorque, Los Angeles e outros locais.
Várias celebridades indianas, incluindo os actores Varun Dhawan, Aly Goni, Samantha Ruth Prabhu e Tripti Dimri, publicaram nas suas histórias do Instagram imagens com ‘All Eyes on Rafah’, e outras celebridades que se manifestaram incluem o jogador de críquete australiano Travis Head, a cantora britânica Leigh-Anne Pinnock, a modelo Bella Hadid e as atrizes Saoirse-Monica Jackson e Susan Sarandon.
Os vídeos mais populares no TikTok são os do cantor pop palestiniano americano Zach Matari, cujos posts com o slogan acumularam milhões de visualizações este mês. Outros criadores pró-palestinianos, como Lubna Alhilo, Liz Kuhn e Reema Bassoumi, também são responsáveis por alguns dos vídeos mais populares.
(Com Forbes Internacional/Mary Whitfill Roeloffs)