Oscar Wilde, obcecado pela beleza eterna, é um dos autores prediletos de Cátia Martins. Quem não se lembra de Dorian Gray, o personagem invulgarmente belo que vive horrorizado com o facto de envelhecer e perder a beleza estando, por isso, disposto a vender a alma. Por aqui, pelos lados da Academia da L’Oreal, não se vende a alma para se sentir o ‘Forever Young’ dos Alphaville. Respira-se beleza que se conjuga nos tempos mais modernos com bem-estar. Sem idades. Sem sexismos. O mundo perfeito para Dorian Dray, diria. Também para Cátia Martins, a CEO que lidera os destinos desta casa desde 2017, mas há muitos mais a percorrer as diversas áreas de negócios desta marca em Portugal e no mundo. E tudo começou com um mero passa-a-palavra.
“Estava eu no último ano da faculdade e tinha uma colega a estagiar na L´Oréal, na marca Maybelline. Tudo o que me contava fascinava-me – desde o ambiente de trabalho, ao estágio em si. Tenho a impressão que me disse que estavam à procura de um estagiário para uma outra marca, e decidi candidatar-me”, conta-nos, acrescentando que já tinha uma enorme curiosidade e fascínio pelo mercado em si. Este foi o primeiro emprego de Cátia Martins, e na altura, não imaginava que chegaria tão longe, apesar de a licenciatura e o gosto pelo marketing lhe direcionarem metas: “Quando entrei tinha o sonho de vir a ser diretora de marketing de um dos negócios/marcas. Já depois de o ser, lembro-me de comentar que um dia ainda seria diretora de recursos humanos! No fundo, acho que conciliei e continuo a conciliar as duas coisas, já que o meu estilo de gestão coloca o mesmo foco nas pessoas e no negócio”. A história para ler na sua Forbes 53.