O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fechou esta terça-feira a segunda edição do EuroAmericas Forum 2025, que se realizou na Nova SBE, em Carcavelos, e contou com o JE e a Forbes como media partners.
Sob o signo da longevidade, Marcelo começou por referir que esta é “uma oportunidade global”. “É o tema do momento não só enquanto domínio científico, saúde, social ou demográfico: naturalmente que levanta problemas à saúde e à segurança social mas traz oportunidades”, destacou o chefe de Estado.
“Nós, os mais velhos, vivemos num mundo bipolar entre EUA e União Soviética durante três décadas, vimos cair o muro de Berlim e emergir os tigres asiáticos. O crescimento, o desenvolvimento, o choque tecnológico e o agudizar das clivagens mundiais: assistimos a tudo”, referiu.
Em jeito de balanço do que testemunhou em dez anos de mandato, Marcelo fez um resumo do que tem presenciado desde 2016: “Deparamo-nos todos com o regresso ao protecionismo, nacionalismo, à recusa do diferente, ao poder dos mais fortes, ao colapso em tantas pátrias. Muito do que era incorreto é agora correto: há uma esquizofrenia nestes dias. Em vez do G7, G8 ou G20 temos um G2 (EUA e China) ou um G2 e meio com a Rússia a acomodar-se a estes dois. Este duopólio não apaga o resto do mundo nem a UE por maiores que sejam as suas fraquezas”.
De regresso ao tema da longevidade, Marcelo acredita que há coisas que “as modas não apagam por completo”. “Há coisas que a longevidade traz consigo que as modas não apagam por completo. A noção do tempo ajuda a relativizar as dúvidas do presente. O presente é relativo mas a longevidade não é”, sublinhou.
“Sem a rutura de 1974 não teríamos cargos de influência ao nível mundial e europeu mas antes disso, tornamo-nos conhecidos em todo o mundo. A nossa longevidade tem cumplicidade, tem lastro mas para alimentar isso é preciso construir novas pontes todos os dias”, realçou.





