O concurso público para a atribuição do ponto de injeção na rede elétrica de serviço público da Central Termoelétrica do Pego, em Abrantes, recebeu seis propostas: Tejo Energia, EDP Renováveis, GreenVolt, Endesa, Brookfield Ltd & Bondalti e Voltalia.
O calendário do processo prevê agora a análise e avaliação dos projetos, culminando com um relatório preliminar do júri a ser conhecido a 7 de fevereiro.
O relatório final de análise das propostas sairá até 21 de fevereiro.
O procedimento concorrencial tem como objeto a adjudicação de um projeto exclusivamente focado na produção de energia de fontes renováveis e na redução de emissões de gases com efeito de estufa.
O projeto pode assumir várias formas: produção de eletricidade renovável, produção de gases renováveis, produção de combustíveis avançados e/ou sintéticos (ou um mix destes), sendo ainda valorizada a inclusão de soluções de armazenamento de energia.
Serão privilegiadas propostas que se distingam ao nível da criação de valor económico para a região.
De acordo com o programa de concurso serão privilegiadas propostas que se distingam ao nível da criação de valor económico para a região, partilhem eletricidade renovável produzida com o município de Abrantes, financiem programas de formação e reconversão profissional, a manutenção dos postos de trabalho existentes e que impliquem um menor hiato temporal entre o término da atividade da central a carvão e o novo projeto.
O adjudicatário terá ainda de fixar a sua sede social no concelho de Abrantes e operacionalizar uma zona piloto destinada às novas tecnologias de Investigação e Desenvolvimento (I&D) de energias renováveis.
A Central Termoelétrica do Pego é o maior centro produtor nacional de energia, com uma potência instalada de 628 megawatts (MW) na central a carvão, e de 800 MW na central a gás, que prosseguirá em atividade, com contrato válido até 2035.
A central do Pego deixou de produzir eletricidade a partir de carvão em novembro do ano passado.
Entre 2008 e 2019, a Centro do Pego representou, em média, anualmente, 4% das emissões totais nacionais de Gases com Efeito de Estufa (GEE),
A central é detida pela TrustEnergy (com 56%), um consórcio constituído pelos franceses da Engie e os japoneses da Marubeni, e pela Endesa (com 44%).