A empresa canadiana Lucara Diamond, anunciou que descobriu um diamante com 2.492 quilates. A pedra preciosa foi encontrada numa mina do Botsuana e já é considerada o segundo maior diamante da história, desde a última e maior descoberta protagonizada pelo diamante Cullinan, de 3.106 quilates, encontrado na África do Sul e oferecido ao então rei de Inglaterra, Eduardo VIII.
A Lucara detalha em comunicado que o diamante foi descoberto através de tecnologia de deteção de raios X Mega Diamond Recovery, instalada em 2017, para identificar e preservar diamantes grandes e de alto valor. A Lucara já está a lucrar apenas com a descoberta, já que, desde o anúncio viu as suas ações subirem em cerca de 40%.
A empresa mineira canadiana refere que a pedra foi encontrada na mina Karowe, no noroeste do Botsuana, sendo que, este diamante foi avaliado pelos especialistas da Lucara em mais de 40 milhões de dólares, cerca de 36 milhões de euros. Contudo, a venda do diamante deverá ficar bem acima do valor de avaliação, tendo em conta outras operações do género. Por exemplo em 2017, uma pedra batizada de Lesedi La Rona que possuía 1.111 quilates, foi comprada por uma joalharia britânica por mais de 47 milhões de euros.
Coube ao diretor-geral da Lucara Botswana, Naseem Lahri, apresentar a pedra preciosa, que mal cabe na palma de uma mão, ao Presidente botsuano, Mokgweetsi Masisi. Durante a apresentação, o Chefe de Estado não escondeu a satisfação. “Disseram-me que este é o maior diamante descoberto no Botswana até à data e o segundo maior em todo o mundo”. E rematou lembrando a importância desta indústria no país e assumindo que “isto é precioso”.
Esta descoberta ganha ainda mais relevância considerando que o Botswana é um dos maiores produtores mundiais de diamantes, que são a sua principal fonte de rendimento. De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional, a indústria diamantífera representa cerca de 30% do PIB e 80% das exportações do país.
Com esta descoberta os cofres do Estado também vão ganhar, já que, a Lucara paga royalties de 10% do valor bruto das vendas dos diamantes produzidos em Karowe ao governo, independentemente de o diamante ser vendido em bruto ou polido.