Saudi Aramco perde valor em bolsa e está agora avaliada em 1,55 biliões de dólares

É a empresa mais valiosa do mundo fora do setor da tecnologia. Com uma capitalização bolsista de 1,55 biliões de dólares (cerca de 1,35 biliões de euros) a gigante petrolífera Saudi Aramco é atualmente a sétima empresa com a maior capitalização bolsista do mundo. À sua frente apenas estão as grandes tecnológicas norte-americanas, que completam…
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Os resultados da companhia estão a cair há dez trimestres consecutivos. Ocupa a sétima posição das empresas mais valiosas do mundo, mas está a perder valor desde 2022. Este ano já caiu 12%.
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É a empresa mais valiosa do mundo fora do setor da tecnologia. Com uma capitalização bolsista de 1,55 biliões de dólares (cerca de 1,35 biliões de euros) a gigante petrolífera Saudi Aramco é atualmente a sétima empresa com a maior capitalização bolsista do mundo. À sua frente apenas estão as grandes tecnológicas norte-americanas, que completam o pacote das chamadas 7 Magníficas – neste caso as seis, porque a sétima, a Tesla, neste momento foi ultrapassada e está em 10º posição deste ranking, ficando já abaixo do bilião de dólares.

Nvidia, Microsoft, Apple, Alphabet (Google), Amazon e Meta (Facebook), por esta ordem de grandeza, são as únicas companhias mais valiosas do que a petrolífera da Arábia Saudita. A Aramco é a joia da economia daquele país do Médio Oriente e a principal fonte de receitas do programa de reformas Vision 2030, promovido pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que visa preparar o reino para a era pós-petróleo. A transição energética já está a acontecer e as empresas petrolíferas procuram, de alguma forma, manter o seu destaque e poder numa economia mundial que pretende afastar-se dos combustíveis fósseis.

O valor de mercado atual da Saudi Aramco,  é o mais baixo desde 2019, sendo que em março de 2020, quando foi decretada a pandemia, o valor da companhia caiu para 1,6 biliões de dólares (cerca de 1,39 biliões de euros). Só no último ano, o valor da companhia caiu perto de 12%.

No entanto, certo é que a Saudi Aramco, apesar de manter a sua posição na lista das maiores companhias do mundo, tem estado a perder valor. A sua capitalização bolsista está em queda nos últimos anos, sendo que o pico da sua valorização nos últimos seis anos foi atingido a 10 de maio de 2022, quando alcançou os 2,45 biliões de dólares (cerca de 2,12 biliões de euros). Segundo as informações recolhidas pelo site CompaniesMarketCap.com o valor de mercado atual é o mais baixo desde 2019, sendo que em março de 2020, quando foi decretada a pandemia, o valor da companhia caiu para 1,6 biliões de dólares (cerca de 1,39 biliões de euros). Desde o inicio deste ano, o valor da companhia caiu perto de 12%.

Lucros caíram 22% no segundo trimestre

A empresa apresentou os seus resultados trimestrais, e segundo a agência Lusa, a mesma anunciou uma queda de 22% nos lucros no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado. A maior exportadora de petróleo do mundo, acumula assim uma queda nos lucros durante dez trimestres consecutivos, desde resultados recorde no final de 2022.

A empresa faturou cerca de 478,5 mil milhões de dólares (415 mil milhões de euros) em 2024, o que compara com os 480 mil milhões de dólares (416 mil milhões de euros) de 2023.

Os lucros da companhia passaram de 29,07 mil milhões de dólares (cerca de 21,1 mil milhões de euros) no segundo trimestre do ano passado para 22,67 mil milhões (19,7 mil milhões de euros) este ano, facto que se deve sobretudo “à queda nos preços do petróleo bruto e dos produtos refinados e químicos”, afirmou a empresa num comunicado publicado na Bolsa de Valores da Arábia Saudita. A empresa faturou cerca de 478,5 mil milhões de dólares (415 mil milhões de euros) em 2024, o que compara com os 480 mil milhões de dólares (416 mil milhões de euros) de 2023. Em 2024 registou um lucro líquido de 106 mil milhões de dólares (cerca de 91,9 mil milhões de euros), representando uma quebra face aos 121,3 mil milhões de dólares (102,2 mil milhões de euros) de 2023.

Segundo a Lusa, os lucros da empresa petrolífera permitem à Arábia Saudita financiar projetos emblemáticos de investimento e modernização do país, nomeadamente a Neom, a megacidade futurista em construção no deserto, um vasto aeroporto em Riade, bem como grandes projetos de desenvolvimento no setor do turismo e do lazer.

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