Quando em 2013 Vasco Pedro começou a Unbabel, esta era mais uma start-up do ecossistema nacional com uma grande ideia: tradução automática com toque humano. O especialista em tecnologias da linguagem fê-lo com mais quatro sócios, alguns ainda presentes na empresa, outros já noutras aventuras – como Sofia Pessanha, actualmente directora de operações de uma start-up sediada em São Francisco. Há dois anos, quando conversou pela primeira vez com a FORBES (artigo publicado na edição de Setembro de 2017), liderava uma empresa com apenas um escritório, 2,6 milhões de euros de facturação e 7,3 milhões de euros angariados em rondas de financiamento.
Hoje, está no ar que a Unbabel vai entrar numa fase de mudanças profundas que irão significar uma transformação total da empresa. Agora está na hora de fazê-la crescer e torná-la numa
verdadeira multinacional. Em resumo: está na hora de escalar o negócio (termo preferido pelos empreendedores contemporâneos). Os 60 milhões de dólares (cerca de 55 milhões de euros) que angariaram em Setembro numa ronda série C servirão para isso mesmo: transpor o negócio para mercados tentadores como os asiáticos e investir em soluções de IA que melhorem ainda mais as traduções automáticas. Este passo não é uma coisa pequena.
A Unbabel não é uma miúda, mas também não é ainda uma mulher. É uma empresa que mais do que duplica todos os anos as suas vendas e não tem parado de recrutar gente nos últimos meses.
Os investidores estão satisfeitos e juram a pés juntos que é um projecto com potencial imenso. Na série C de Setembro, apostaram 55 milhões de euros na empresa, um valor recorde nesta ronda em Portugal. Objectivo: crescer e, em dois anos, chegar ao patamar de unicórnio. Conheça a rota desta empresa rumo ao crescimento na FORBES de Outubro, nas bancas.