Os últimos tempos tem sido marcados pela escalada das taxas de juro com o consequente impacto nos encargos com os imóveis. Em julho de 2022, o Banco Central Europeu (BCE) iniciou um ciclo de subida das taxas de juro com o objetivo de controlar o aumento da inflação. Com esta subida muitas famílias estão a enfrentar um aumento súbito dos encargos com os créditos, depois de, em apenas um ano, a taxa de juros de referência da Zona Euro ter passado de 0% para 4%.
Face à incerteza de quando será atingido o pico das subidas de juros por parte do BCE, nem por quanto tempo os juros se manterão em níveis tão elevados, a Twinkloo, empresa de intermediação de crédito, alerta para algumas estratégias que podem ser implementadas para aliviar o orçamento familiar. A Head of Franchising da Twinkloo, Sofia Cordeiro, realça que “as famílias devem consciencializar-se de que este aperto no orçamento não é passageiro e tomar medidas. Depois de assinado o contrato de crédito, muitas famílias “baixam os braços” e limitam-se a pagar as prestações mensais, sem nunca renegociarem as condições do seu financiamento ou tentarem encontrar melhores soluções”.
Aqui ficam quatro conselhos da empresa de intermediação de crédito para poupar na prestação da casa:
1 – Renegociar as condições do empréstimo habitação
Não é demais relembrar que, ao longo da vida do empréstimo para habitação, o cliente bancário pode alterar as condições inicialmente contratadas (desde que exista um acordo com o banco). Desde a alteração do prazo do indexante à mudança do regime da taxa de juro, um novo prazo de financiamento ou a revisão do spread, são várias as opções.
2 – Alertar o banco em situação de dificuldades financeiras
Seja por vergonha ou na esperança de que a situação se resolva a curto prazo, muitos clientes não alertam o seu banco em caso de dificuldades financeiras, só o fazendo quando já se encontram numa situação limite. Mas quando o desemprego, uma doença ou outra situação impedem um cliente bancário de assumir os seus compromissos financeiros, é fundamental contactar logo a instituição financeira para encontrar uma solução de pagamentos viável.
3- Ignorar os encargos com seguros
Os seguros de vida e multirriscos habitação representam uma componente importante dos custos totais do empréstimo da casa. Contudo, muitas vezes os clientes bancários não analisam os mesmos com a merecida atenção. Estas apólices não têm de ser subscritas junto do banco onde tem o seu crédito habitação, muito embora as instituições de crédito possam atribuir condições de financiamento mais favoráveis. Não obstante, o cliente bancário pode, em qualquer momento, transferir os seguros associados ao seu crédito habitação para outra seguradora que ofereça melhores condições ou coberturas.
4- Amortizar a dívida antecipadamente
Desde o ano passado, foram criados pelo Estado diversos mecanismos não só para facilitar o processo de renegociação dos créditos habitação, mas também para incentivar as famílias a utilizarem as suas poupanças para amortizar o seu crédito habitação. Ao amortizar, podem optar por diminuir o número de prestações em falta, saldar mais rapidamente o empréstimo ou por baixar o valor da prestação mensal. Se tem uma poupança reservada e tem dúvidas sobre a melhor forma de a aplicar, utilize a um simulador de amortização antecipada e faça as contas.