As energias renováveis estão na ordem do dia, e países e empresas fazem todos os esforços para conseguir vencer a batalha da transição energética. Para isso é necessário investir cada vez mais em fontes renováveis, combatendo a dependência das energias de origem fóssil, como as derivadas do petróleo e do gás natural.
Em 2023 a energia solar foi responsável por três quartos da nova capacidade em energias renováveis no mundo, sendo que os maiores crescimentos aconteceram na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos, uma tendência que se mantém estável na última década.
China empregava em 2022 cerca de 2,76 milhões de pessoas na produção solar, 1,8 milhões apenas na produção industrial de componentes para o setor.
Segundo os dados do site da Bruegel, think tank europeu criado em 2005 para melhorar as políticas económicas e abrir o debate sobre diversas matérias suportadas em factos e dados, a China tinha em 2002 uma capacidade instalada de 393 GW de energia solar, quase o dobro da União Europeia, que se ficava pelos 205 GW. Os Estados Unidos, em terceira posição, apenas tinha instalada uma capacidade de 113 GW.
China cresce 25% ao ano desde 2017
Desde 2017 que a China apresenta uma taxa de crescimento composta anual de capacidade solar de cerca de 25%, enquanto os Estados Unidos apresenta uma taxa de crescimento de 21%. Por sua vez a Europa, situa-se nos 16%.
A China também domina a produção mundial de componentes para a produção de energia solar, controlando cerca de 80% da cadeia de fornecimento solar em todo o mundo. Em 2022, esta indústria empregava naquele país cerca de 2,76 milhões de pessoas, das quais 1,8 milhões só na produção industrial.
Na Europa esta indústria emprega cerca de 648 mil trabalhadores e nos Estados Unidos ocupa menos de metade: 264 mil empregos.
Apesar da subsidiação para a instalação de capacidade na China estar a diminuir, este país continua na rota ascendente no investimento solar. Estima-se que seja também responsável por um incremento de 60% na capacidade instalada estimada para o mundo inteiro em 2028, devendo atingir já em 2024 a meta nacional estabelecida para a produção solar e eólica em 2030.