O jornal espanhol Expansión refere que o futebolista português Cristiano Ronaldo perdeu mais de onze milhões de dólares (cerca de dez milhões de euros) na venda de um apartamento de luxo na Torre Trump, na Quinta Avenida, em Nova Iorque.
O atual jogador do Manchester United tinha adquirido o imóvel em agosto de 2015 por 18,5 milhões de dólares (16,3 milhões de euros) e procurava vendê-lo há três anos. A transação foi agora efetuada por 7,18 milhões de dólares (6,3 milhões de euros), ou seja, por menos 11,32 milhões de dólares (cerca de dez milhões de euros).
O apartamento em questão tem 762 metros quadrados, nove divisões, três casas de banho e vistas espetaculares para o Central Park e para os arranha-céus da zona de Midtown Manhattan.
Adianta o Expansión, citando o portal imobiliário Street Easy, que a venda do imóvel foi fechada em novembro, depois do jogador ter tido dificuldades para se desfazer da casa.
Prejudicado pela má fama de Donald Trump
Segundo o jornal espanhol, a operação foi prejudicada, ironicamente, pela sua localização, mais concretamente pelo facto de o apartamento estar inserida na Torre Trump, dada a má reputação do proprietário do prédio, o ex-presidente norte-americano, Donald Trump, que estava no terceiro ano de seu controverso mandato quando Ronaldo colocou a casa no mercado com uma primeira oferta de 9 milhões de dólares, uma redução inicial de 9,5 milhões.
Na época, os prédios de luxo em Nova Iorque com o nome de Trump tinham perdido mais de 20% do seu valor, de acordo com uma análise da empresa de dados imobiliários UrbanDigs. A queda geral por metro quadrado na cidade foi de 9% no mesmo período.
A crise provocada pela pandemia do coronavírus também penalizou o valor do imóvel, dado que muitos nova-iorquinos acabaram por abandonar Manhattan o que causou um aumento de 174,8% nas moradias disponíveis em abril de 2021 em comparação com o mesmo mês do primeiro ano da epidemia.
O apartamento, agora vendido por Ronaldo, teve como decorador o designer Juan Pablo Molyneux, conhecido por seu estilo “maximalista” caracterizado pelas madeiras nobres, mármores e cortinas de seda.
Antes de ser de CR7, o loft foi propriedade do magnata imobiliário italiano Alessandro Proto, sócio de Donald Trump.