A Herdade do Rocim é uma propriedade situada entre a Vidigueira e Cuba, no Baixo Alentejo, com cerca de 120 hectares, entre os quais 70 de vinha e 10 de olival.
Contudo, a génese desta empresa está a três centenas de quilómetros a norte do Alentejo, mais concretamente na vinha do Vale da Mata, nos contrafortes da Serra de Aire e Candeeiros – foi aí onde tudo começou na história dos vinhos do Rocim.
Esse local, no distrito de Leiria, deu a Catarina Vieira, co-proprietária, produtora e enóloga do Rocim, as suas primeiras memórias do mundo dos vinhos e onde o seu avô Manuel Alves Vieira dizia ter feito o melhor vinho da sua longa vida de agricultor.
O vale da Mata, em Leiria, foi onde tudo começou na história dos alentejanos vinhos do Rocim.
Assim, foi o avô, e sem saber verdadeiramente, quem deu o nome a esta gama de vinhos (Vale da Mata), produzidos pela Rocim, os quais homenageiam uma tradição familiar que filho (o empresário José Ribeiro Vieira – 1943-2012), e neta ajudaram a recuperar a partir de 2005 (esta última com o contributo também do enólogo e marido Pedro Ribeiro).
As novas colheitas dos vinhos Vale da Mata, lançados no mercado agora, apresentam quatro referências: branco colheita 2023 (0,75cl), tinto colheita 2023 (0,75cl), tinto reserva 2021 (0,75cl) e o Pet Nat 2023 (0,75cl)
Espaço cultural “Serra”
Paralelamente e ainda neste contexto de família, os atuais donos da empresa de vinhos Rocim decidiram pela primeira vez dar a conhecer uma iniciativa cultural que nasceu e foi sempre muito acarinhada pelo pai da Catarina.
Trata-se do “Serra” um projeto de mecenato do grupo de empresas da família, o Grupo Movicortes. Consiste num espaço cultural localizado nas Cortes, uma aldeia perto de Leiria, onde acontecem eventos e está disponível como residência para artistas. Foi lá, por exemplo, que os Silence 4 deram os primeiros acordes nos anos 90 do século passado.
O projeto saiu da visão de José Ribeiro Vieira, fundador Grupo Movicortes, que sonhou criar na “Casa da Reixida”, uma comunidade de criativos ligados a diferentes áreas culturais.
“Sentimos que, finalmente, o projeto Vale da Mata atingiu a maturidade que desejávamos para que pudesse contar a sua história em plenitude, com todas as dimensões culturais, emocionais e técnicas que a envolvem”, avança Catarina Vieira, destacando que este continuará a ser, sempre, um projeto em permanente desenvolvimento, que se esgotará, apenas, no dia em que todos os sonhos da família estiverem concretizados. A produção do mel Vale da Mata, outra grande paixão do avô Manuel, será o próximo…