“Os bancos vivem no passado”. É assim que Nikolay Storonsky explica à FORBES o sucesso da sua Revolut. “Os bancos tradicionais estão a falhar porque não oferecem plataformas tecnológicas capazes. Não estão a integrar os dados de clientes adequadamente para dar melhores soluções e não estão a incluir inteligência artificial suficiente nos seus processos”, acrescenta o presidente da companhia tecnológica. Nikolay, um físico nascido na Rússia e campeão de natação, abandonou uma carreira de sete anos como corretor de derivados no Lehman Brothers e no Credit Suisse para se juntar a Vlad Yatsenko, que trabalhou uma década a desenvolver sistemas bancários para o Deutsche Bank e o UBS. O seu plano? “Reinventar a maneira como gastamos e transferimos dinheiro para o estrangeiro.”
A Revolut nasceu em 2015 como uma aplicação de telemóvel ligada a um cartão Mastercard que poderia ser usado em todo o mundo com baixo custo. Desde então o número de utilizadores não pára de crescer, bem como as soluções financeiras que são acrescentadas à oferta disponível na aplicação, como transferências internacionais, conversões cambiais e negociação de criptodivisas. Em Setembro, a Revolut tinha mais de 7 milhões de utilizadores e contava com investimentos superiores a 300 milhões de euros, que lhe conferem uma avaliação de quase 2 mil milhões de euros. Par as contas de Nikolay, que detém uma participação de 30% no capital da empresa, isso traduz-se numa fortuna superior a 500 milhões de euros.
Para além da Revolut, o N26, a Monese e muitas outras companhias tecnológicas estão a engolir e a transformar o negócio dos bancos tradicionais. Em Portugal, o Crédito Agrícola foi o primeiro a reagir à altura. Saiba na FORBES de Novembro como os bancos tradicionais estão a reagir à chegada dos neobancos. Uma questão de sobrevivência – nas bancas.