O Spill the Greens é um novo restaurante vegan take-away/delivery em Lisboa, que pretende permitir o acesso a refeições nutritivas, 100% plant-based, garantindo que o preço e a conveniência deixam de ser barreiras tão altas para uma alimentação saudável e mais consciente.
O espaço Spill the Greens abriu oficialmente em fevereiro, mas tem vindo a ser desenvolvido desde meados de 2021.
O projeto arranca, para já, com um modelo de take-away/delivery no bairro de Alvalade, zona central de Lisboa, tendo três responsáveis: Inês Récio, 24 anos, licenciada em Produção Alimentar em Restauração pela ESHTE; António Saraiva, 34 anos, atualmente Diretor Comercial na Allmicroalgae, ligado à área alimentar nos últimos 10 anos; e Xavier Sepúlveda, 39 anos, empresário.
Depois de terem trabalhado na mesma empresa, a Iswari (forma especializada em superalimentos que atua na Península Ibérica), Inês Récio e António Saraiva concluíram, em plena pandemia, e depois de muito brainstorming pelo meio, que para satisfazer a visão conjunta onde comunidades tivessem o acesso a opções alimentares de base vegetal facilitado, com oferta de refeições de qualidade, nutritivas e a preços acessíveis, o caminho passaria por criar um projeto em modelo de take-away.
O projeto da Spill the Greens avança, juntando-se Xavier Sepúlveda que traz consigo toda a sua experiência de operação: “É assim que queremos chegar às pessoas. Estando perto delas, no seu dia-a-dia. Tornando as opções vegetais algo tão acessível e apelativo, que passa a ser normal e natural fazer mais vezes essa escolha”, apontam António Saraiva e Inês Récio.
“É fundamental aumentar o leque de opções de refeições desta tipologia, demonstrando que é possível comer uma refeição 100% plant base com muito sabor, nutricionalmente equilibrada, a um preço acessível e contribuindo para um planeta mais sustentável”.
A missão central, referem os responsáveis da empresa, passa por tornar acessível “refeições nutritivas, 100% plant-based, à maioria das pessoas. Garantir que o preço e a conveniência deixam de ser barreiras tão altas para uma alimentação saudável e mais consciente”.
“A sustentabilidade (ambiental, social e económica), a regeneração do sistema alimentar e a promoção de uma reconexão com as escolhas alimentares coletivas são das principais motivações que sustentam o nosso projeto”, complementam.
São utilizadas embalagens compostáveis da vegware e é fomentada a prática do cliente levar a sua própria embalagem, recebendo 10% de desconto e protegendo o ambiente.
A preocupação ambiental do projeto leva a que sejam também utilizadas embalagens compostáveis da vegware, sendo fomentada o BYOC (Bring Your Own Container), com um incentivo de 10% de desconto para quem trouxer os seus próprios recipientes, uma solução que, refere a empresa, “tem sido um enorme sucesso”, “reduzindo assim o desperdício de embalagens descartáveis e contribuindo assim para um mundo mais sustentável”.
Vegan e Head Chef
Vegan há 5 anos, Inês Récio é a Head Chef, sendo de sua autoria os pratos que constam do menu, que sofre atualizações a cada trimestre, também de acordo com a estação em que nos encontramos.
Esta especialista em produção alimentar acredita que o caminho para um sistema alimentar mais sustentável, justo e resiliente passa por aumentar a acessibilidade a opções alimentares mais conscientes: “Sabemos que mudanças sustentáveis nos padrões alimentares são essenciais e urgentes para reestabelecer a saúde humana e do planeta. Não precisamos de ser todos vegan, precisamos sim de fazer todos melhores escolhas, mais vezes, dentro das possibilidades e circunstâncias individuais.”
O projeto arranca, para já, com um modelo de take-away/delivery no bairro de Alvalade, zona central de Lisboa.
Todas as refeições são pensadas para serem equilibradas nutricionalmente, havendo pratos de inspiração mais oriental, outros mais mediterrânica, alguns como adaptações a pratos já existentes, “como é o caso do nosso Tikka Masala de Tofu, Feijoada de Shitake ou a lasanha quase clássica e outros que são totalmente inovadores como o nosso Seitan e Pleurotus em molho de Natas de Caju ou o nosso Grão com Tempeh Dourados com Confit de Tomate, o que é garantido é que todos têm muita personalidade e sabores que surpreendem”, refere a jovem empresa.
O espaço opera neste momento em regime de take-away e delivery, através das plataformas Uber Eats e Glovo, mas, em breve, a empresa conta começar a implementar o seu próprio sistema de entregas, numa plataforma que está atualmente em desenvolvimento.
E o nome?
A escolha do nome, Spill the Greens, é justificado de duas formas: “A primeira é porque é literalmente o caminho que queremos seguir para concretizarmos a nossa missão, sabemos que a maioria das pessoas já tem esse conhecimento e mesmo a ciência já o comprovou, que uma alimentação ‘plant base’ é o caminho para um mundo mais sustentável, daí que o objetivo é literalmente ‘Espalhar os Verdes” o máximo possível. O segundo motivo é um trocadilho com a expressão inglesa ‘spill the beans’, utilizada quando alguém revela algo importante antes desconhecido/segredo – porque o objetivo é mesmo partilhar e revelar a quem nos rodeia esta visão e ‘espalhar’ o máximo possível opções verdes – porque estamos realmente convictos de que são o segredo que todo o mundo precisa de descobrir”, apontam os responsáveis da empresa.