Repsol Portugal: “Complexo de Sines está em expansão”

A diretora de comunicação da Repsol Portugal, Beatriz Giacomini,  faz um retrato do que tem sido a aposta da Repsol no mercado português numa altura em que foi anunciada a nova imagem de marca, cujo lançamento foi feito ao nível da Península Ibérica. Beatriz Giacomini explica que a nova imagem reflete a transformação que o…
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A Repsol apresentou a nova imagem que simboliza a transformação para uma empresa multi-energética em que tem apostado. A diretora de comunicação da Repsol Portugal, Beatriz Giacomini, explica o que mudou e a importância de Portugal nesta estratégia.
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A diretora de comunicação da Repsol Portugal, Beatriz Giacomini,  faz um retrato do que tem sido a aposta da Repsol no mercado português numa altura em que foi anunciada a nova imagem de marca, cujo lançamento foi feito ao nível da Península Ibérica. Beatriz Giacomini explica que a nova imagem reflete a transformação que o grupo tem vindo a fazer nos últimos anos. O mote é mostrar que nasceu como uma empresa de petróleo e gás, de produtos e serviços a partir de petróleo e gás, mas hoje já se consolida como uma multi-energética, que oferece soluções energéticas para diferentes necessidades dos seus clientes. O compromisso com as energias limpas tem sido também um dos compromissos do grupo espanhol. Beatriz Giacomini reitera ainda a importância estratégica de Portugal para a Repsol, onde detém 525 estações de serviço, em que mais de 60 estações já oferecem o Nexa, um diesel 100% renovável, por enquanto apenas vendido para clientes que têm frotas de automóveis. Mas que acredita poder vir a ser alargado aos clientes particulares. A responsável explica ainda o porquê da associação da marca a eventos, como o MEO Kalorama.

A Repsol apresentou uma nova imagem. O que é que levou a essa mudança?

A Repsol apresenta globalmente a sua nova imagem de marca. É uma mudança que acontece como resultado de uma transformação que a companhia vem fazendo nos últimos anos, de uma empresa que nasce como uma empresa de petróleo e gás, de produtos e serviços a partir de petróleo e gás, e que hoje já se consolida como uma multi-energética, que oferece diversas soluções energéticas para diferentes necessidades dos seus clientes. E essa imagem precisava ser condizente com o que a companhia se tornou hoje. Ou seja, não é uma mudança que acontece para se tornar nalguma coisa. É uma mudança que acontece para fazer jus àquilo que a companhia se tornou. E essa imagem e essa transformação acontecem também muito em função do cliente. De se colocar o cliente no centro e também, obviamente, de se alinhar aos principais hábitos de consumo, no qual o digital ganha muito protagonismo. Então é uma marca que precisa também ser flexível o bastante para ser aplicada em todos seus ativos físicos, ou seja, as estações de serviço, tudo o que significa os seus escritórios, mas também no ambiente digital, nas suas redes sociais, nas suas aplicações destinadas ao cliente.

E o que muda realmente face à anterior imagem?

Aquela imagem, o símbolo que reconhecemos como sendo da Repsol, com o branco, o vermelho, o amarelo, o alaranjado, ele se mescla agora num logo mais uniforme com esse degradê, que fica mais semelhante a uma massa de energia. A palavra Repsol, passa a ser apresentada com caixa baixa, também seguindo uma tendência de ser uma linguagem mais simples, mais humana, mais acessível. É um indicador de que queremos nos comunicar de uma maneira mais facilmente e essa transformação passa também em toda a comunicação com o cliente, ou seja, desde a fatura, desde as interfaces digitais que o cliente tem com a marca, isso tudo de uma maneira mais uniforme, mais integrada, mais facilitada. E apresentamos essa transformação com uma campanha multimeios, uma campanha que também é apresentada na Península Ibérica, que tem como mote “Com Toda Energia”. Então é a nossa nova assinatura da marca, que reflete esse entusiasmo, chegamos com toda a energia, é o entusiasmo dessa novidade, mas também de maneira subtil dizer que temos todos os tipos de energia no nosso portfólio, traz essa informação com ela.

Foi um lançamento na Península Ibérica. Nesta ótica, qual a importância de Portugal no vosso negócio e que fez com que também fosse incluído, apesar de ser um mercado mais pequeno comparado com a Espanha?

Portugal tem muita importância, porque é tratado dentro de uma estratégia da Península Ibérica. Essa estratégia acontece ao mesmo tempo em Portugal e Espanha, portanto estamos a fazer essa transformação de maneira conjunta. É claro que temos um mercado um pouco menor, ainda em desenvolvimento, mas esta comunicação abrangente, é global, e claro, como campanha, ela acontece de maneira ordenada entre os dois países, salvaguardadas as adaptações de linguagem, obviamente, de língua. É uma campanha que tem como mote “Os Interruptores”, que vem como a mensagem de que os interruptores, na verdade, não interrompem nada, pelo contrário, ativam, ativam as energias e ativam tudo o que está por vir. Portanto, a Repsol em Portugal faz parte dessa estratégia de cliente Península Ibérica, que é muito importante.

Em termos de fidelização dos clientes portugueses, quais são as principais apostas?

Portugal tem um diferencial, que é a aplicação My Repsol, que é, na verdade, o nosso programa de fidelização, que se traduz também numa aplicação, onde o cliente vai encontrar ofertas personalizadas, ofertas que se traduzem na proposta de luz, motor e calor, que são as principais energias que são combinadas dentro dessa oferta. Ou seja, quanto mais energias o cliente contratar, mais benefícios ele vai ter, além de usufruir também de uma rede de parceiros que a Repsol tem, usufruindo de benefícios dessas parcerias todas que a Repsol possui.

A marca esteve presente na última edição do festival MEO Kalorama. Como se justifica esta associação ao festival?

A associação ao festival faz parte também de uma proposta que a Repsol quer estabelecer com os seus clientes, ou seja, que obviamente passa pela contratação das energias, mas é também como mensagem de que a energia está presente em todos os momentos da vida, inclusive em momentos de lazer, de descontração, de alegria, como os momentos que nos proporcionam os festivais. Além de tudo, a Repsol se associa a esses festivais como parceiro multi-energético, fornecendo energia 100% renovável para os geradores que abastecem os palcos. A Repsol forneceu o Nexa, que é um diesel 100% renovável, e também no stand, onde os clientes puderam aceder, brincar e desfrutar de um momento de descontração, houve painéis solares que abastecem com energia os carregadores de telemóveis, então é uma facilidade para quem está no festival. Essa energia é solar.

E é o único festival a que estão associados ou há mais iniciativas ligadas à música?

Nós estivemos presentes no FNAC Live como parceiros multienergéticos, patrocinámos os novos talentos FNAC, que foi um prémio de 60 mil euros, que é distribuído aos jovens que se candidatam aos prémios da FNAC, e já há muitos anos, temos parceria com os clubes de futebol, os maiores clubes de futebol do país, e essa associação por sua vez se traduz em benefícios aos sócios, em benefícios na hora de contratar os serviços de energia da Repsol. E também com o Comité Olímpico de Portugal.

Nesta fase, quais os indicadores que permitem medir a presença da Repsol em Portugal?

Em termos de Portugal, temos 525 estações de serviço, mais de 60 estações já oferecem o NEXA, que é o diesel 100% renovável. Esse combustível é agora mesmo a nossa estrela do portfólio, porque dá uma resposta imediata à descarbonização dos transportes. É vendido em Portugal apenas para frotas cativas, ou seja, para clientes que têm frotas de automóveis, ainda não é permitido vender ao público comum. Mas é um tema que acreditamos que possa ser superado, porque Portugal só tem a ganhar com isso, ou seja, é uma solução imediata para a descarbonização, e isso também coincide com os objetivos do País e da União Europeia. Em Espanha já são comercializados, mas aqui ainda não. Depois, em termos de números da presença no festival posso dizer que a Repsol forneceu 23 mil litros desse combustível para abastecer os geradores, o que evitou cerca de 60 mil toneladas de emissões de CO2.

Neste mundo em transição em que não há um planeta B, pode-se dizer que a Repsol já está nessa cruzada com esta oferta de multienergética?

Esta oferta multienergética nasce não só, mas também por esse compromisso. A Repsol foi a primeira companhia do setor de óleo e gás a declarar o seu objetivo em ser uma companhia de zero emissões líquidas até 2050. É signatária do Acordo de Paris, e esse compromisso foi fundamental, foi marcante, para essa diversificação do portfólio, ou seja, o que já era só uma tendência do negócio ficou ainda mais evidente com esse compromisso público. A partir daí o Repsol adquiriu serviços de eletricidade e gás em Espanha e mais recentemente em Portugal e passou a investir e diversificar em eólica, solar e outras fontes energéticas e dá uma resposta muito rápida e muito efetiva com esse combustível que é o Nexa, ou seja, também oferece eletricidade, a recarga elétrica em praticamente todas as estações, mas como a eletricidade também não atende a todo tipo de veículo, a todo tipo de necessidade, oferece o Nexa como uma alternativa, ou seja, pretende dar respostas a qualquer tipo de necessidade, seja ela qual for.

E Portugal também ganhou alguma importância por causa de Sines?

Sem dúvida, em Portugal temos o Complexo Industrial de Sines, com a Repsol Polímeros que foi um dos investimentos industriais mais importantes de Portugal da última década, é um projeto de interesse nacional e é uma fábrica que se está a aprimorar, está em processo de expansão para oferecer produtos ainda mais qualificados dentro do que significa o universo da Repsol Polímeros.

 

A Repsol em números:

  •  Os sete centros industriais da Repsol apostam na economia circular, produzindo combustíveis 100% renováveis e outros derivados do petróleo necessários à sociedade.
  • As estações de serviço oferecem Diesel Nexa 100% Renovável, combustível tradicional, carregamento elétrico, AutoGás e gás natural veicular.
  • A Repsol produz eletricidade renovável (mais de 4 GW), sendo o quarto operador da Península Ibérica, com mais de 2,6 milhões de clientes de eletricidade e gás.
  • Doze fábricas de GPL localizadas estrategicamente asseguram a distribuição eficiente em Espanha.
  • Maior eficiência na exploração e produção de hidrocarbonetos, com redução de emissões por barril.
  • Presença em eventos culturais, musicais, gastronómicos e cinematográficos, oferecendo várias soluções energéticas.
  • Investimentos anuais de mais de mil milhões de euros nas nossas unidades industriais para garantir a competitividade e a sustentabilidade.
  • Mais de 1.100 postos com Diesel Nexa 100% renovável, com o objetivo de atingir 1.500 até 2025 na Península Ibérica.
  • Arranque em Cartagena da primeira fábrica dedicada exclusivamente à produção de combustíveis 100% renováveis à escala industrial na Península Ibérica.
  • Projetos pioneiros como a fábrica de metanol renovável em Tarragona e os eletrolisadores da Petronor, Cartagena, Tarragona e Sines.
  • Uma carteira global de 60 mil MW em projetos renováveis em desenvolvimento.

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