O Twingo regressa. Trinta e três anos depois da estreia do modelo original, a Renault volta a desafiar o mercado dos citadinos com o Twingo E-Tech elétrico, um automóvel compacto, 100% elétrico, produzido na Europa e com preço abaixo dos 20 mil euros. Mas, mais do que um exercício de nostalgia, Fabrice Cambolive, CEO da marca Renault, apresentou o novo modelo como “um tributo às origens e um salto para o futuro”.

“Para encarar o desafio de oferecer um pequeno carro elétrico por menos de 20.000 euros, sem abdicar da produção europeia, da nossa rota de descarbonização ou do valor para o cliente, voltámos ao ‘espírito Twingo’”, afirmou o responsável, durante o lançamento. “É o espírito que sempre colocou a vida diária, a diversão e a engenhosidade no coração do design. Hoje, esta nova geração 100% elétrica permanece fiel àquilo que mais importa para a Renault: entender as necessidades reais dos condutores europeus, os seus hábitos e a sua procura por acessibilidade, emoção e responsabilidade.”
Segundo Cambolive, “dar vida ao espírito do Twingo implicou pegar na essência da primeira geração e conferir-lhe um toque moderno e tecnológico”.
O design retro do novo Twingo recupera o ADN da primeira geração, com as proporções compactas e o perfil icónico que marcaram o modelo de 1992, mas reinterpretado de forma contemporânea. O resultado é um automóvel com cinco portas, bancos traseiros deslizantes independentes, encosto dianteiro rebatível e um interior modular.

Com o Twingo, o objetivo, explica o CEO, é redefinir o segmento A, um território quase abandonado por muitos fabricantes: “Ao contrário do que se pensa, o tamanho atual do segmento A não reflete uma baixa procura. Os europeus continuam à procura de automóveis compactos e acessíveis. O problema não é a procura — é a oferta.” Para a Renault, essa lacuna representa uma oportunidade: “Com base na nossa história e na experiência em automóveis pequenos, decidimos aceitar este desafio e vê-lo como uma grande oportunidade de crescimento.”

O novo Twingo E-Tech elétrico é construído em Novo Mesto, na Eslovénia, e integra uma bateria LFP (fosfato de ferro e lítio), solução que permite reduzir custos e a dependência de metais críticos, como o cobalto e o níquel. A autonomia anunciada é de até 263 km (ciclo de homologação WLTP), apoiada num motor elétrico de 60 kW, pensado para o ambiente urbano. “Queríamos criar um automóvel elétrico simples, eficiente e otimizado para a cidade, mas sem comprometer o prazer de condução nem o valor da marca Renault”, disse Cambolive.

O dirigente sublinha ainda a rapidez sem precedentes do projeto: o Twingo E-Tech foi desenvolvido em apenas 100 semanas, metade do tempo habitual. Essa conquista, explica, foi possível graças à colaboração entre equipas europeias e o centro tecnológico ACDC, em Xangai, sob a liderança da Ampere, a divisão de veículos elétricos do Grupo Renault. “Este projeto é o exemplo vivo de uma nova forma de trabalhar — mais ágil, mais colaborativa e mais sustentável”, reforça.
O Twingo E-Tech foi desenvolvido em apenas 100 semanas, metade do tempo habitual. Será fabricado na Eslovénia.
Com um preço abaixo dos 20 mil euros e uma estética que combina nostalgia e modernidade, o novo Twingo posiciona-se como uma peça estratégica na ofensiva elétrica da Renault. “O Twingo sempre simbolizou engenhosidade e otimismo. Hoje, é também uma resposta muito concreta à questão que todos colocam: como tornar a mobilidade elétrica verdadeiramente acessível?”, resume o CEO.
O lançamento do Twingo E-Tech elétrico está previsto em Portugal para o segundo semestre de 2026, marcando o regresso de um ícone que, nas palavras de Cambolive, “continua fiel ao espírito pioneiro da Renault, agora com um coração elétrico e uma ambição europeia”.





