O Presidente da República e o primeiro-ministro vão marcar presença na reunião do grupo Bilderberg, que começou esta quinta-feira num hotel em Lisboa e se prolongará até domingo, disse à agência Lusa fonte da organização.
Está previsto que Marcelo Rebelo Sousa ofereça um jantar aos cerca de 130 membros que se reunirão por estes dias na capital portuguesa, ao passo que o primeiro-ministro António Costa deverá mesmo participar em parte do programa.
No encontro – o 69.º desde a fundação do grupo, em 1954 – está também prevista uma homenagem especial a Henry Kissinger, o ex-secretário de Estado americano que faz este mês 100 anos e que estará presente no encontro.
Na reunião de Lisboa, participarão excecionalmente nove portugueses. Para além do Presidente da República e do primeiro-ministro, contam-se o investidor Duarte Moreira, que vive na Suíça e é fundador da Zeno Partners, os CEO (diretores-executivos) da Galp e da EDP, respetivamente Filipe Silva e Miguel Stilwell de Andrade, o CEO da FeedZai, um unicórnio de altas tecnologias, bem como José Luís Arnaut e Durão Barroso, que integram a organização do evento, e Francisco Pinto Balsemão, ex-membro do conselho diretor do grupo.
Entre as principais personalidades internacionais que se reunirão em Lisboa, conta-se o secretário-geral da NATO, a presidente do Parlamento Europeu e os chefes da diplomacia ucraniana e europeia, assim como o primeiro-ministro e a vice-primeira-ministra dos Países Baixos e a primeira-ministra da Dinamarca.
Na reunião de Lisboa, serão discutidos cerca de 13 tópicos, desde ameaças transnacionais à Ucrânia, Rússia, China, Europa, Índia e a liderança norte-americana, assim como a Inteligência Artificial, a transição energética, a política industrial e comércio, os desafios fiscais e o sistema bancário.
O grupo de Bilderberg, muitas vezes associado a teses conspirativas, reúne anualmente cerca de 130 líderes políticos e económicos, especialistas em diversas áreas e personalidades, que debatem temas da vida económica, política, social e estratégica de forma informal e confidencial. Das suas reuniões não resultam resoluções, nem decisões.
Na origem do grupo esteve a ideia de criar boas relações entre os Estados europeus depois da guerra, juntando os Estados Unidos e o Canadá. Dos novos Estados membros, só a Polónia faz parte, através do atual eurodeputado Radoslaw Sicorsky.
Lusa