Alexander Fleming, pai da penicilina disse um dia que naquele 28 de Setembro de 1928 em que descobriu a penicilina, não acordou com a revolução da medicina na mente, nem com a ideia de que iria, antes do anoitecer, descobrir o primeiro antibiótico da história.
Craig Venter poderá um dia, sem saber, despertar no dia em que conseguiu finalmente atingir o seu objectivo: enganar a morte. Não para sempre, mas por mais alguns anos.
Deu a volta ao mundo, inspirando-se na expedição científica de Darwin a bordo do Beagle, durante a qual descobriu milhares de novas espécies; criou vida sintética; fundou três empresas, e estava quase a atingir o patamar de multimilionário quando uma das mais promissoras, a Celera Genomics, o despediu.
Agora está de volta, com o projecto mais ambicioso desde que fez aquela descoberta histórica, há 17 anos. Reuniu 300 milhões de dólares junto de investidores como a Celgene e o GE Ventures, e criou uma nova empresa, a Human Longevity, que pretende agregar toda a informação sobre o ADN que ele ajudou a sequenciar para enganar a morte durante alguns anos ou mesmo décadas.