Investigadores da Universidade de Coimbra e das fundações Calouste Gulbenkian e Champalimaud estão entre os 400 cientistas escolhidos para receber um total de 628 milhões de euros em bolsas do Conselho Europeu de Investigação (ERC, na sigla inglesa).
Em comunicado, a Comissão Europeia anunciou que escolheu os 400 investigadores que receberão ‘Starting Grants’ [subvenções de arranque] para avançarem com os projetos que candidataram à iniciativa da Agência do Conselho para a Investigação.
Entre os vencedores há quatro de instituições portuguesas, que receberão entre 1,5 e 2,5 milhões de euros, perfazendo um total de 7,7 milhões de euros.
Ilana Gabanyi, com um projeto sobre a microbiota intestinal e a interação com os neurónios, e Giulia Ghedini, com uma investigação sobre o mapeamento das respostas metabólicas para perceber a coexistência e funcionamento em comunidade, da Fundação Calouste Gulbenkian; Carlos Minutti, com um projeto sobre células dendríticas convencionais, da Fundação Champalimaud; e Inês Pereira, com uma iniciativa para retirar as ‘impressões digitais a frio’ da subducção e placas tectónicas com recurso a minerais essenciais, da Universidade de Coimbra.
Neste concurso foram também financiados três projetos liderados por investigadores portugueses a desenvolver a sua investigação no estrangeiro, que são apoiados num total de 4,5 milhões de euros, anunciou a Fundação para a Ciência e Tecnologia.
São eles Fernando Santos, da Universidade de Amsterdão, com um projeto que visa encontrar novos algoritmos que melhorem as recomendações de ‘links nas redes sociais com benefício social; Diana Pinheiro, do Instituto de Investigação de Patologia Molecular em Viena, que vai estudar os mecanismos biofísicos associados à formação e desenvolvimento dos embriões; e Ana Gomes, da Universidade de Montpellier, que irá tentar compreender como é que o ciclo da divisão celular é coordenado e controlado o agente causador da malária.
Este programa de subvenções tem como propósito investir em projetos científicos em várias áreas, desde a medicina à física, às ciências sociais e humanidades, de acordo com a descrição feita pela agência europeia.
(Com Lusa)