Mais de 40 anos sobre o furacão que abanou os Pinto & Sotto Mayor, Fonsecas & Burnay e Espírito Santo, entre outros, e mais de 20 anos após parte das famílias ter regressado à banca, o sector vive num reboliço, com crescentes sombras sobre os contribuintes. Uma história com múltiplo episódios que a FORBES recupera.
As quatro décadas da Democracia em Portugal são acompanhadas pela via sacra da banca, de sector maioritariamente privado para nacionalizado – uma das medidas mais polémicas do PREC –, reprivatizado na quase totalidade – a partir de uma iniciativa do “Bloco Central” –, parcialmente nacionalizado de novo já no século XXI – momento-chave a partir do qual os problemas de vários bancos “sistémicos” nacionais começam a ser tratados de forma pouco privada – e agora envolto numa tempestade perfeita.
Há 20 anos, quando Portugal trilhava os caminhos das suas uniões, a Europeia, no espaço comum, e a Monetária, através do euro, as linhas com que se pintavam os cenários da banca eram bem menos sombrias.
Nesta edição da FORBES recuperamos os principais episódios de 41 anos de viagem da banca até um ponto de ruptura, seja ela declarada – ainda se recorda onde estava a 3 de Agosto de 2014, quando explodiu a bomba da resolução do BES? –, antevista, ou simplesmente temida – o maior banco do sistema, pertencente ao Estado, está à beira de uma injecção pública que poderá equivaler a cerca de 3% do PIB português.