O estilo de vida ocidental pode ser bastante regrado, mas é difícil evitar o consumismo que ele estimula. Como resultado, muitas vezes acabamos por acumular coisas que, na verdade, não precisamos, mas que naquele momento parecem uma boa ideia.
Essa prática frequente leva a uma acumulação excessiva de objetos em casa, e muitas vezes sentimo-nos relutantes em nos desfazer deles, já que foi o nosso dinheiro suado que os comprou. No entanto, será que realmente precisamos manter todas essas coisas?
Neste artigo, vamos explorar essa questão e discutir maneiras de lidar com a acumulação desnecessária de objetos em casa. Aprenda como se desligar dos bens materiais e organizar a sua vida com mais eficiência, sem abrir mão daquilo que realmente importa.
Se olharmos para as coisas que temos em casa, diria que conseguimos enquadrá-las num de 3 grupos:
- “Estou a usar agora mesmo” – Aqui enquadram-se as coisas que usa constantemente como, por exemplo, o computador ou telemóvel onde está a ler este artigo, o sofá ou cadeira onde está sentado, ou a televisão.
- “Uso de vez em quando” – Neste segundo grupo são aquelas coisas que estão metidas numa gaveta ou numa prateleira e que saem desses sítios uma vez por mês ou algo do género. Estamos aqui a falar, por exemplo, daquele serviço de pratos que está guardada e que vê a luz do dia em alturas festivas.
- “Nem me lembro da última vez que usei isto” – A terceira categoria tem aquelas coisas que, honestamente, nem sabe bem porque ainda tem e muito menos quando foi a última vez que foi usada.
Com este enquadramento feito, vamos começar a trabalhar neles, dando prioridade, claro ao 3º grupo. Só quando esse estiver esvaziado de artigos passamos ao segundo e depois, talvez, ao primeiro grupo. As opções que temos, são:
- Vender – Se tem algo em casa que está em bom estado e pode valer algum dinheiro, a melhor opção é vender. Para garantir que os seus artigos sejam vendidos, é importante definir um preço justo, mas não hesite em vender abaixo do preço inicial, pois se você não está a usar o artigo, qualquer dinheiro é melhor que nada.
- Dar – Se tem artigos em boas condições que não consegue vender, a segunda melhor opção é simplesmente doá-los. Mesmo que não receba dinheiro pelos artigos, estará a ajudar alguém que precisa deles, apoiando a sustentabilidade e a economia circular, além de libertar espaço em sua casa.
- Converter – Para os artigos que estiverem danificados ou em mau estado, olhe para eles e tente encontrar uma solução alternativa. As suas roupas velhas podem dar bons panos de limpeza da casa, por exemplo. A Internet está cheia de vídeos com várias ideias de como reaproveitar diversos artigos em coisas novamente úteis.
- Deitar fora – Esta deverá ser sempre a última hipótese mas, em alguns casos, é a única hipótese. Os artigos que estiverem danificados ou em muito mau estado e que não consiga aproveitar para mais nada, então devem ser deitados fora seguindo, claro, as indicações relativas à sua posterior reciclagem.
Claro que este trabalho é muito ajudado pelo simples facto de limitar as suas compras já que aí está a real poupança de dinheiro e de trabalho.
Sempre que for comprar alguma coisa, em vez de olhar apenas para a etiqueta do preço, pense também na quantidade de vezes que vai usar aquele mesmo artigo. Algo que custa 100€ para usar todos os dias do ano custa, na verdade, 0,27€ por utilização, enquanto que se for usar uma vez por mês, custa 8,30€ por utilização. Pense dessa forma e isso vai ajudar a perceber a importância das suas compras.