Durante a Forbes Women’s Summit, esta terça-feira, Nini Andrade Silva, fez o resumo da sua trajetória e como tem sido trabalhar fora de Portugal.
Considerando-se uma pessoa sem medo para enfrentar os desafios que lhe aparecem no dia a dia, Nini sublinha que nada lhe faz ter medo em concretizar os seus projetos em qualquer país do mundo.
“Qualquer sítio para onde vá não sinto barreiras, e isso fez-me a pessoa que sou hoje, com essa grande equipa de trabalhadores que tenho há muitos anos comigo, pessoas que estão comigo há mais de 20 anos. É muito bom quando se consegue ter uma equipa por muitos anos e conseguimos estar feliz por todos os dias, e isto é o que temos uns com os outros, o querer ser feliz. Às vezes, as pessoas esquecem que ser feliz é a toda a hora e momento, e isso é no nosso trabalho onde se fica mais tempo”, realçou.
Por outro lado, a Designer de Interiores contou que teve a felicidade de trabalhar no que gostava serviu de impulso para não desistir, “viajei ao mundo inteiro, lembro que tudo era Nini, mãe, pai e tudo era Nini e até que passei a ser a Nini, se alguém me chamar de Isabel não vou saber que sou eu! De facto, não me lembro, só mesmo nos aeroportos me fazem lembrar que sou a Isabel”.
Nini sublinha ainda que o facto de ter feito a sua carreira nos anos 80 e 90, e ser designer principalmente na Madeira, sentiu que as projeções do curso que fazia não rendia nada para o futuro, “mas os meus pais que eram professores disseram-me que podia estudar aquilo que gostava de ser e que tudo se podia resolver, e no final tudo se resolveu”.
“Fiz o curso e andei pelos cincos continentes e trabalhei mesmo de noite numa altura em que não havia telemóvel; atualmente tenho uma empresa com 55 pessoas no grupo, temos Designer Center, um atelier em Lisboa e outro na Madeira, já tive ateliers pelo mundo todo e resolvi de facto que fazia todo sentido ficar em Portugal do que estar a trabalhar fora, porque trabalhamos com várias equipas. Neste momento estamos a fazer uma visita ao Brasil para tratar do plano de uma torre de quase 50 andares e estamos a trabalhar com as equipas locais. Mas nós fazemos o trabalho em Portugal e a equipa local faz a ‘tropicalização’ que é a adaptar as nossas ideias usando apenas os materiais deles”.
Um dos projetos que também encantou bastante a Designer é o dos hotéis em que a sua empresa participou no levantamento na Colômbia.
“Nós fizemos novos hotéis na Colômbia, isso é muito interessante porque fizemos o primeiro hotel e já não paramos com os projetos, adorei estar e trabalhar na Colômbia”, realçou.