De acordo com um estudo da Bloomberg Intelligence, o valor do metaverso foi já de US$ 500.000 milhões (490 milhões de euros), podendo a oportunidade deste mercado chegar a US$ 800.000 milhões (783 milhões de euros) até 2025 e cerca de US$ 2,5 biliões (2,4 mil milhões de euros) até 2030.
A McKinsey & Company no seu relatório “Value creation in the metaverse” fala mesmo em números ainda maiores, com um potencial de 5 triliões de dólares (4,9 biliões de euros) até 2030.
Segundo esta análise da McKinsey & Company, o e-commerce representará desta fatia quase 2,5 biliões de euros. Outros setores em destaaue serão a aprendizagem (257 mil milhões de euros), a publicidade (196 mil milhões de euros) e o gaming (119 mil milhões de euros).
Trata-se de uma nova realidade, um universo virtual tridimensional para a interação social dos utilizadores através de determinadas ferramentas e recursos que promovem toda uma experiência imersiva extrassensorial, por intermédio de avatares que podem ocupar papéis num espaço de jogo ou num novo mundo que está a surgir entre a fantasia e a realidade.
Segundo a Meta, os espaços 3D do metaverso permitir-nos-ão relacionarmos de forma disruptiva e inovadora, impactando a forma como vemos o mundo e interagimos com outras pessoas, aprendemos, assistimos a eventos, fazemos exercícios, brincamos, aprendemos e trabalhamos.
Os consultores da Robert Walters salientam que no mercado de trabalho, o metaverso está a ser procurado para impulsionar a produtividade e a colaboração, com as organizações a começarem a planear para conseguirem adaptar-se de forma ágil. Entre algumas das principais tendências na incorporação do metaverso nas empresas, a Robert Walters enfatiza as seguintes:
Encontros
Graças à criação de avatares personalizados e decoração de espaços, as organizações veem nisso uma oportunidade de aproximar os seus colaboradores. Derivado da pandemia, existem organizações que operam 100% remotamente e em alguns casos tem sido um desafio criar uma cultura organizacional sólida devido à distância, mas graças ao metaverso haverá a oportunidade de interagir dinamicamente e estarem todos os funcionários presentes no mesmo espaço.
Recrutamento e marca do empregador
As organizações estão constantemente à procura de estratégias que lhes permitam posicionar-se como empregadores desejáveis e atrair os melhores talentos, bem como fazerem a transição para um mercado de trabalho mais diversificado e inclusivo. Antes do metaverso, algumas empresas começaram a incorporar “gaming” nos seus processos de recrutamento, mas agora as áreas de talento começam a planear como mergulhar no metaverso para atrair os melhores candidatos, dá conta a Robert Walters.
Publicidade
Com a abertura da primeira loja de retalho do metaverso, a Meta deixa claro que o setor está a passar por uma transição e as organizações precisam ter pessoal preparado para se conectar com os seus consumidores por meio de estratégias de marketing que vão além do digital.
François-Pierre Puech, diretor da Robert Walters Portugal diz que no setor do retalho, “as posições de marketing têm sido fundamentais para conectar os consumidores aos pontos de venda e canais digitais, a oferecer experiências omnicanal que convidem os clientes a retornar. Os profissionais devem continuar a se adaptar, aprender e estudar para continuar a evoluir”
Posições mais procuradas
Segundo a Robert Walters, a procura por perfis de tecnologia continuará a aumentar, com as funções focadas em desenvolvimento, engenheiros e segurança cibernética a estarem entre as mais procuradas. Quanto aos perfis digitais, designers, estrategistas e profissionais de marketing aumentarão a sua procura.