Quais são as áreas com maiores necessidades de capital humano em Portugal, em 2023?

As áreas com maiores necessidades de capital humano, em 2023, acabam de ser reveladas pela Randstad e destacam as vendas e desenvolvimento de negócio, atendimento ao cliente e gestão financeira, no pódio nacional. O estudo Randstad Sourceright’s Global In-demand Skills Report indica ainda que, em Portugal, Business Intelligence, User Interface, Cibersegurança, Computação em Nuvem e…
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Vendas e desenvolvimento de negócio, atendimento ao cliente e gestão financeira são as áreas que irão ser mais procuradas em Portugal no próximo ano, indica análise da Randstad.
Economia

As áreas com maiores necessidades de capital humano, em 2023, acabam de ser reveladas pela Randstad e destacam as vendas e desenvolvimento de negócio, atendimento ao cliente e gestão financeira, no pódio nacional.

O estudo Randstad Sourceright’s Global In-demand Skills Report indica ainda que, em Portugal, Business Intelligence, User Interface, Cibersegurança, Computação em Nuvem e Big Data são as áreas com maior número de vagas.

Quanto aos fatores-chave para capitalizar e atrair estes profissionais, a análise da Randstad identifica, como fundamentais, a competitividade do mercado e a possibilidade de trabalho remoto.

“Em Portugal, na área de vendas e desenvolvimento de negócio, a competitividade de mercado, comparativamente com outros países, é de 7%, situando-se acima da média global de 5,4%”, refere a Randstad que explica que este parâmetro é calculado com base na percentagem de emprego que exige competências no ramo, comparado com os dados de oferta e procura. A lógica é de que quanto mais elevada for a percentagem, mais competitivo é o mercado.

Para a área de gestão financeira, o estudo da Randstad revela que a competitividade de mercado em Portugal é de 2%, um ponto percentual abaixo da média dos 26 países analisados.

Já para profissões de atendimento ao cliente, a competitividade em Portugal é de 9%, situando-se na mesma posição do ranking que os Estados Unidos (10.º lugar).

Para estas três profissões, há ainda um fator-chave a ter em conta: o trabalho remoto. “A possibilidade de trabalhar à distância tem um grande impacto na maior parte das ofertas de emprego”, refere a Randstad.
Segundo o Randstad Sourceright’s Global In-demand Skills Report, o trabalho remoto é um dos benefícios mais mencionados para algumas funções, como apoio ao cliente. Nesta área, Portugal posiciona-se no Top 3 dos países que mais oferece esta oportunidade (26%), ficando apenas atrás da Argentina (30%) e da Roménia (28%).

Genericamente, o trabalho remoto tem uma aceitação mais lenta em cargos de gestão financeira. Ainda assim, em Portugal, 8% das vagas oferecem esta condição, acima da média global que se situa nos 4,6%.

As ofertas de trabalho remoto para profissionais de vendas e desenvolvimento de negócio são mais elevadas, com a média global a apontar para 11,7% (18% em Portugal) das vagas a oferecer esta possibilidade. Os mercados que lideram esta categoria encontram-se na Roménia (29%), República Checa (27%) e Argentina (22%).

“Os mercados de trabalho estão mais competitivos do que nunca. A rotatividade não abranda e, cada vez mais, as empresas começam a deparar-se com a falta de profissionais capacitados para preencher determinadas vagas, sendo este um dos grandes desafios atuais das organizações”, afirma a Randstad.

Para a Randstad, “os empregadores devem apostar em explorar novas formas de atrair e reter talento”.

“Acresce que, numa era tecnológica como a que vivemos, a necessidade de upskilling e, em alguns casos reskilling, é uma realidade para adaptar a oferta às necessidades do mercado”, declaram estes especialistas em recursos humanos.

A análise da Randstad conclui também que, a nível mundial, do Top 10 das skills mais procuradas, os conhecimentos em Inteligência Artificial, Computação e Big Data são os mais requisitados para os mais variados setores, desde serviços financeiros, à tecnologia, passando por serviços de saúde e retalho.

Portugal segue a tendência mundial no que concerne a procura e oferta de emprego nestas áreas, assim como revela ter vindo a apostar nos fatores de atratividade dos profissionais, seguindo a linha de características que o estudo aponta como fundamentais e posicionando-se em linha com outros países em estudo.

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