Quais os setores mais mediáticos da economia portuguesa no que diz respeito à inovação? E quais deles estão mais associados à comunicação da inovação em empresas, e quais às startups? Estes são dois dos tópicos gerais explorados pelo estudo “Inovação nos Media Portugueses 2021 – Um retrato dos setores económicos mais mediáticos para empresas e startups”, promovido pela consultora Beta-i e desenvolvido pela empresa de media intelligence CARMA, que analisou as narrativas de inovação associadas a estes dois tipos de organizações com o objetivo de aferir as diferenças e em que setores cada um destes agentes tem maior presença.
Disponível para download no site da consultora, o relatório “Inovação nos Media Portugueses 2021” consistiu numa análise quantitativa dos artigos publicados ao longo de todo o ano passado em mais de 30 dos principais meios portugueses online (e impressos, com versão online) que escrevem sobre inovação. A análise cruzou todas as principais indústrias/setores de atividade económica com a palavra “inovação”, e os conceitos a ela relacionados, para a seguir categorizá-las manualmente de modo a definir quais eram as que se referiam a empresas e/ou a startups.
Os setores económicos que mais comunicam temas relacionados com inovação são os Serviços Tecnológicos (IT e Software), Saúde, Banca & Finanças e Energia.
De forma geral, são as startups que têm maior mediatismo de inovação – ou comunicam de forma mais frequente e consistente – em quase todas as indústrias, com a exceção dos setores Automóvel, Agroalimentar e Comunicação & Media.
Ao olhar para os resultados por cada tipo de organização e comparar diretamente o volume de cada setor, o estudo conclui que o mercado da Banca & Finanças, por exemplo, demonstra uma prevalência massiva de artigos nos quais o conceito de inovação está relacionado com startups (93%).
“Este número reflete a profunda transformação do setor potenciada pelas fintechs”, destaca a Beta-i.
“Este número reflete a profunda transformação do setor potenciada pelas fintechs, que, devido aos seus esforços de crescimento no mercado, procuram comunicar de forma veemente as suas novas funcionalidades e soluções. Por outro lado, é no setor Automóvel que existe uma maior quantidade de artigos nos quais o conceito de inovação está relacionado com empresas estabelecidas (67%). Além de as empresas do setor serem das que mais investem em Inovação & Desenvolvimento (I&D), este é um segmento específico onde startups são, sobretudo, parceiras de relevo para projetos colaborativos de inovação”, refere a Beta-i.
De acordo com Diogo Teixeira, CEO da Beta-i, “tanto empresas estabelecidas quanto startups e PMEs, nacionais e estrangeiras atuantes no país, tem trabalhado intensamente no espaço da inovação para entregar melhores soluções para os negócios, para a sociedade e para um uso mais racional de recursos – uma preocupação que deve estar sempre presente neste ecossistema. Estamos a falar de histórias de inovação em segmentos da economia cujos esforços, comunicados nos media, afetam diferentes áreas de atividade do PIB do país”.
“Intensificou-se a pressão sobre as empresas de vários setores para inovar”, aponta Luís Garcia, Managing Director da Carma.
Segundo Luís Garcia, Managing Director da Carma, “num período que abalou a confiança, intensificou-se a pressão sobre as empresas de vários setores para inovar e criar valor de formas diferentes, para fornecer orientação e segurança aos acionistas, colaboradores e clientes. Este relatório identifica como se destacaram as atividades relacionadas com inovação em ambiente corporativo e ambiente startup nos media nacionais durante um ano de extremos desafios e adversidades, ao mesmo tempo que ilustra como a Análise da Comunicação de Media, em profundidade e com método, fornece uma vantagem estratégica para organizações que operam num ambiente de inovação”.