A pandemia teve um impacto especialmente pesado nas mulheres em todo o mundo. Só nos EUA, em janeiro de 2021, quase três milhões de mulheres abandonaram a força de trabalho. Em todo o mundo, calcula-se que as mulheres tenham perdido mais de 64 milhões de empregos.
A crise da COVID-19 custou também às mulheres em todo o mundo pelo menos 700 mil milhões de euros em perdas de rendimentos em 2020, o equivalente a mais do que o PIB combinado de 98 países, de acordo com a Oxfam.
Efeito também da crise laboral que a COVID-19 provocou, o tempo que levará para eliminar a disparidade salarial global de género aumentou de 99,5 anos para 135,6 anos, de acordo com o Fórum Económico Mundial.
Em muitos casos, a COVID-19 ampliou os diversos fardos que se abatem sobre muitas mulheres, desde stress acrescido na sua tarefa de conciliar o mundo familiar com o mundo laboral, falta de oportunidades e baixos salários.
A Forbes associou-se à empresa de pesquisa de mercado Statista para identificar as empresas líderes no que diz respeito a tentar apoiar as mulheres dentro e fora do seu universo de trabalho com um ranking das “Melhores empresas amigas das mulheres do mundo” (“World’s Top Female Friendly Companies 2021”).
A lista foi compilada pesquisando 85.000 mulheres em 40 países. Os entrevistados foram solicitados a avaliar os seus empregadores com base em critérios como igualdade de remuneração e licença de maternidade.
A Statista também pediu às mulheres que avaliassem como é que as empresas utilizam as suas plataformas e mensagens de marketing para promover a igualdade de género ou, pelo contrário, para perpetuar estereótipos negativos. A representação nos níveis executivo e nos conselhos de administração também foi levada em consideração.
Das 300 maiores empresas, apenas 20 são ainda dirigidas por mulheres…
Ainda assim, há números e factos que mostram o longo caminho que há a fazer no tocante à igualdade de oportunidades. Das 300 maiores empresas, apenas 20 são dirigidas por mulheres.
O exemplo da empresa Hershey
Uma é a Hershey Co., que conquistou o primeiro lugar nesta lista da Forbes. A sua CEO, Michele Buck, tornou-se a primeira mulher a liderar o fabricante norte-americano de chocolates nos seus 127 anos de história quando foi promovida ao cargo mais importante da companhia, em 2017.
Nesta empresa sedeada na Pensilvânia, atualmente, as mulheres representam 42% do conselho de administração.
No resto da empresa, até 2025, a meta é aumentar a percentagem de mulheres na força de trabalho para 50% (atualmente, é de 48%) e em diversas posições de liderança para 42% (face aos 37% atuais).
Depois de alcançar a igualdade de remuneração nos EUA em 2020, Alicia Petross, diretora de diversidade da Hershey, diz que a empresa agora está focada em reduzir a disparidade salarial a nível global.
“Estou muito satisfeita por estarmos neste momento com igualdade de remuneração para mulheres nos nossos cargos assalariados nos EUA e também para pessoas de cor em cargos assalariados nos EUA”, refere alicia Petross. “A igualdade de remuneração é um componente vital para garantir que as mulheres continuem a progredir tanto neste como noutros setores”.
Esta é a lista das 300 melhores empresas do mundo para uma mulher trabalhar: