A AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) vai lançar no segundo semestre o projeto “Marca Portugal” para apoiar as exportações nacionais e a internacionalização das empresas.
Presente no Fórum ALF (da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting), que se realizou no final da semana passada, no CCB, em Lisboa, Isabel Marques, diretora da AICEP, explicou que o objetivo é “promover a marca Portugal”, incorporando-a “nos produtos”, o que se traduzirá num acréscimo de “valor para as empresas e economia”.
O programa – referiu a diretora da AICEP – está a ser desenvolvido, devendo ser entregue ao governo no segundo semestre, possivelmente, após o verão.
“Temos ainda uma fraca cultura de marcas. Temos poucas marcas de projeção internacional, pelo que temos de criar produtos com uma marca internacional reconhecida”, aponta Isabel Marques.
O projeto “Marca Portugal” visa aumentar a reputação internacional do país, reforçar a posição de Portugal como nação de excelência e apetecível para captar investimento estrangeiro.
Segundo Isabel Marques, este programa em desenvolvimento é oportuno, na medida em que estamos a assistir a um “novo perfil de exportações”, que passa pela evolução da “exportação de produtos indiferenciados, de menor valor, para produtos com incorporação de tecnologia, de inovação, de design, com maior valor acrescentado”.
A “Marca Portugal” fará com que a promoção dos produtos nacionais deixe de ser feita de forma avulsa e passe a ser “feita de forma mais agregada que valorize o conjunto dos produtos do país”.
Perante uma assistência de dezenas de associados da ALF, designadamente das rentings e do setor financeiro, a diretora da AICEP concluiu reforçando os méritos do programa que está na fase final de desenvolvimento: “Unificar para termos um impacto mais significativo no exterior, de modo congregado em torno de uma marca nacional”.
No Fórum ALF discursou ainda Rita Marques, Secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, que salientou o papel dos agentes de financiamento especializado, e das associações que o representam, para apoiar a “nova agenda de transformação” do país como “pilar do desenvolvimento na próxima década”.
Este desafio irá exigir, apontou Rita Marques, “novas soluções no financiamento especializado” em “prol de uma agenda de uma maior competitividade”, assumindo ainda a necessidade do Estado tratar melhor todo o enquadramento legal e fiscal: “Não poderemos exigir se não atendermos à importação dos instrumentos financeiros que as empresas têm à sua disposição”.