O CDI (antigamente, Comité para a Democratização da Informática) foi fundado por Rodrigo Baggio em 1995 no Brasil. A organização abriu as primeiras Escolas de Informática e Cidadania em comunidades socialmente vulneráveis e tornou-se num projeto social relevante, presente em vários países da América Latina.
Este movimento global de tecnologia para uma mudança social chegou a Portugal em 2013. Guilherme Collares Pereira e Pedro Norton de Matos desafiaram, na altura, Rodrigo Baggio e com o apoio da Fundação PT, Fundação EDP, Mckinsey, Egon Zhender e Pwc, decidiram trazer o CDI para Portugal, confiando o seu lançamento e liderança a João Baracho que, ainda hoje, é o Diretor Executivo.
À Forbes, João Baracho mostra a sua convicção no potencial da tecnologia na transformação das comunidades onde se inserem, dando exemplos de projetos em que a organização tem apostado para conseguir a inclusão e a inovação social e digital.
Um dos objetivos para um dos programas desenvolvidos – o Apps for Good – passa pela sua internacionalização a partir do nosso país: “Estamos já numa fase piloto através da participação das escolas portuguesas no estrangeiro”, refere o Diretor Executivo da CDI Portugal.
O CDI Portugal aposta na inclusão digital e social. Desde que a organização foi fundada, em 2013, quais foram as vossas grandes conquistas?
João Baracho: O CDI Portugal é uma Organização Não Governamental, que chegou a Portugal em maio de 2013 e cuja missão se baseia na inclusão e na inovação social e digital, e cujos projetos promovem a literacia digital e o exercício da cidadania, para que os cidadãos usem as tecnologias na resolução dos seus problemas e desafios da comunidade e do mundo. Neste sentido, já lançámos em Portugal vários projetos piloto, entre os quais o Apps for Good Portugal, um programa educativo tecnológico inovador que desenvolvemos em parceria com o Ministério da Educação, para desafiar alunos do 5º ao 12º ano, e professores – de escolas públicas e privadas – para, em equipa, e durante um ano letivo, experienciarem o ciclo de desenvolvimento de um produto e criarem aplicações para smartphone ou tablets, mostrando-lhes o potencial da tecnologia na transformação do mundo e das comunidades onde se inserem. Lançámos também o Centro de Cidadania Digital (CCD), um espaço colaborativo, onde todos são desafiados a encontrar soluções disruptivas e inovadoras com base na tecnologia para problemas do seu dia-a-dia, da sua comunidade ou do mundo.
“Lançámos o Centro de Cidadania Digital, um espaço colaborativo, onde todos são desafiados a encontrar soluções disruptivas e inovadoras com base na tecnologia para problemas do seu dia-a-dia”
Ao longo destes 11 anos do CDI em Portugal, conseguimos já alcançar 65.127 alunos, obter 3282 horas de capacitação e realizar 491 ações. Durante este período, desenvolvemos continuamente projetos em estreita colaboração com diversas entidades nacionais, com vista a um progresso constante tecnológico de todos, porque acreditamos nos benefícios que a tecnologia pode ter nas pessoas, enquanto meio e não apenas como um fim. O nosso propósito principal está representado na nossa capacidade de integrar comunidades locais na promoção de competências para o seu autodesenvolvimento, com vista à sua aplicação prática no quotidiano, em vários pontos do país, apostando na descentralização.
Quais são as principais métricas que o CDI Portugal utiliza para medir o impacto dos seus projetos na comunidade, quer no que diz respeito à inclusão social, quer em relação à literacia digital?
O CDI Portugal sempre valorizou fortemente a avaliação de impacto, aliando-a à sua missão no âmbito da promoção da inclusão e inovação social e digital. A avaliação de cada projeto/iniciativa desenvolvida, envolve a identificação de métricas que variam conforme o projeto, nomeadamente o número de participantes, diversidade dos grupos envolvidos, desenvolvimento de competências digitais e transversais, e a integração dos beneficiários em novas oportunidades sociais e de empregabilidade. Além disso, a organização mede a qualidade dos projetos desenvolvidos, a sua relevância social, e o grau de satisfação dos participantes, utilizando feedback e histórias de impacto para ajustar as suas estratégias de atuação.
Outras métricas importantes incluem a continuidade e expansão dos projetos, a replicabilidade das iniciativas em novas regiões, e o estabelecimento de parcerias que garantam a sustentabilidade dos programas. Essas métricas permitem ao CDI Portugal não só monitorizar e avaliar o impacto imediato das suas iniciativas, mas também ajustar estratégias para maximizar o alcance e a eficácia dos programas, promovendo uma maior inclusão e inovação digital e social em Portugal.
“Acreditamos nos benefícios que a tecnologia pode ter nas pessoas, enquanto meio e não apenas como um fim”
Finalmente, e porque temos como objetivo propor novas políticas públicas onde a viabilidade económica e escala são fundamentais, temos como indicadores fundamentais a redução progressiva dos custos por beneficiário através da otimização dos processos envolvidos.
Pode partilhar um ou dois casos específico em que o CDI conseguiu transformar a vida de uma comunidade ou grupo através dos seus projetos?
Um dos nossos projetos do Centro de Cidadania Digital, que opera em colaboração com a Casa do Conhecimento de Valongo, é o InGaming, criado em 2023 que pretendeu, desde logo, desmistificar o gaming, uma problemática que para a comunidade educativa se apresentava como um estigma e era entendido como uma prática aditiva entre os jovens. Neste sentido, propusemo-nos a criar uma solução que aliasse a componente educativa e pedagógica à lúdica e que tornasse o gaming num motor de aprendizagem através da capacitação destes jovens. Esta capacitação inclui o seu desenvolvimento pessoal e em grupo, em múltiplas vertentes, como o trabalho em equipa, a criatividade, a inteligência emocional e a resolução de problemas, com vista a uma interação saudável e à superação de desafios que a própria cultura do gaming contempla.
Com o InGaming pretendemos dar a oportunidade a jovens dos 15 aos 25 anos, de forma inclusiva, a terem as condições, ambiente e acompanhamento individual para potenciar o seu desenvolvimento enquanto gamers de forma saudável e sustentada, bem como potenciar as competências para os percursos de vida de cada um. Desde a sua criação que já envolvemos 178 jovens neste projeto, de norte a sul do país, e já realizámos duas competições (uma em cada edição), presencialmente e online.
“Criámos uma solução para tornar o gaming num motor de aprendizagem através da capacitação destes jovens, do seu desenvolvimento pessoal e em grupo, como o trabalho em equipa, a criatividade, a inteligência emocional e a resolução de problemas”.
Também em Valongo, abrimos as portas do Centro de Cidadania Digital (CCD) para o DemoDay, um encontro onde demos a conhecer todos os projetos de inovação social tecnológicos locais desenvolvidos no âmbito da 7ª Edição do CCD de Valongo 2023/2024 – o Transforma TI, @tualiza-te – onde foram também entregues prémios para as melhores soluções de cada categoria. Este evento representou uma oportunidade estratégica para nós para apresentar todos estes projetos e convidar a comunidade a fazer parte dos mesmos no futuro, uma vez que os vencedores foram escolhidos por votação online do público e por um painel de jurados que integrou membros especialistas nas áreas das soluções tecnológicas propostas e por parceiros. O evento contou com a presença de cerca 200 participantes e teve lugar na Casa do Conhecimento de Valongo e no Fórum Cultural de Ermesinde, onde foram anunciados os vencedores dos prémios. Durante o evento foi também possível acompanhar o Torneio Final do InGaming.
Que projetos pode destacar?
No âmbito do Apps for Good, trabalhamos em estreita colaboração com diversos parceiros, que proporcionam múltiplas oportunidades de aprendizagem aos participantes, nomeadamente, o primeiro contacto com o mercado de trabalho, bem como com a área de trabalho na qual se insere a solução tecnológica que irão apresentar. Foi neste sentido que, para celebrar a 10ª edição do Apps for Good, criámos, em conjunto com a Synopsys, um dos nossos principais parceiros desta edição, uma nova categoria de competição, a “Eletronics for All”. A nova categoria procura estimular o desenvolvimento de soluções tecnológicas na área da eletrónica, numa altura em que esta indústria está em franco desenvolvimento. A fim de desafiar estes alunos, juntamente com a Synopsys, oferecemos a 30 equipas de alunos 30 kits com componentes elétricos e eletrónicos para estes pudessem desenvolver melhor as suas propostas tecnológicas e eletrónicas. Nesta categoria, participam equipas de alunos do ensino secundário, algumas compostas exclusivamente por raparigas, provenientes de 20 escolas de todo o país. No total são 24 professores e 105 alunos, incluindo 24 raparigas.
“Projeto InGaming visa aumentar a literacia na área dos comportamentos aditivos associados aos videojogos e diminuir o risco de desenvolvimento desta problemática”.
Outro dos projetos em destaque é o “InGaming vai às escolas”, sob a alçada da iniciativa InGaming | Inclusive Gaming, que foi distinguido com o Prémio Fidelidade Comunidade, atribuído pela companhia de seguros Fidelidade, que irá financiar o trabalho a ser implementado a partir do ano letivo 2024/2025, nas escolas de todo o país. O prémio irá apoiar este projeto, que decorre de março de 2024 até outubro de 2025, com um montante no valor de 85.400€, e irá contribuir para o desenvolvimento e realização de 24 sessões (in)formativas para toda a comunidade educativa com o objetivo de aumentar a literacia na área dos comportamentos aditivos associados aos videojogos e diminuir o risco de desenvolvimento desta problemática. As formações irão contemplar 15 sessões para 375 alunos, 3 sessões para encarregados de educação e 3 webinares para 105 professores. Este apoio irá permitir-nos chegar a mais cerca de 15 escolas e a alcançar diretamente mais 375 crianças e jovens do que até ao momento.
O programa Apps for Good Portugal é uma das vossas maiores bandeiras. O objetivo do programa é mais do que construir aplicações. Qual foi o fator chave que tem permitido que a iniciativa se mantenha?
O Apps for Good consiste num programa educativo tecnológico que incentiva alunos do 5º ao 12º ano e professores a desenvolver soluções tecnológicas tendo por premissa os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, destacando o potencial transformador da tecnologia no mundo e nas comunidades. Assim, ao longo dos últimos 10 anos, em termos de crescimento nacional, conseguimos alcançar 28.411 alunos, 1856 professores, 694 escolas e 165 experts. Através deste programa, garantimos também que 85% dos alunos melhorasse as suas competências de trabalho em equipa, 81% dos alunos melhorasse as suas competências de resolução de problemas, 79% melhorasse as suas competências de comunicação e que 78% aumentasse a sua consciência para o impacto da tecnologia na resolução de problemas sociais. Igualmente, 82% dos professores envolvidos neste programa desenvolveu novos métodos de ensino e melhorou as suas competências técnicas.
“O fator mais diferenciador deste projeto passa pelo acompanhamento de todas as tendências digitais e tecnológicas que se foram desenvolvendo”
O Apps for Good apresenta-se como um programa disruptivo, sob a chancela do CDI Portugal, através do qual trabalhamos para o futuro das próximas gerações seguindo a máxima da inovação construtiva. Por outras palavras, há 10 anos os jovens não tinham acesso a esta era digital que se viu crescer exponencialmente, precisamente nos últimos 10 anos. Nessa altura, o mundo das aplicações e das interfaces digitais estavam ainda a dar os primeiros passos e a abrir as portas para um mundo de possibilidades a que os jovens hoje chamam de “segunda casa”. Sentimos que o fator mais diferenciador deste projeto passa pelo acompanhamento que fizemos durante esta década de todas as tendências digitais e tecnológicas que se foram desenvolvendo e a sua respetiva implementação no programa. Mas, essencialmente, também pelo nosso esforço continuado em apresentarmos ideias novas e criativas que “apimentam” o Apps for Good e que incentivam a uma participação tão ativa por parte de todos. Seja através do estabelecimento de parcerias com entidades de renome, que conferem um selo de fiabilidade e de confiança ao projeto, como através da criação de novas categorias, como a “Eletronics for All”, ou pela possibilidade de estes alunos estarem em contacto pela primeira vez com o mercado de trabalho e de compreenderem em primeira-mão qual a aplicabilidade das suas soluções e, ainda, de integrarem durante um determinado período as equipas dos nossos parceiros. Por outro lado, é indispensável mencionar a importância vital das pessoas que integram o projeto, nomeadamente, os professores, que alavancam este programa como seu e que encaminham os alunos não só a participar, mas durante todo este processo, que decorre a par de todo o ano letivo.
Houve, ao longo destes anos, aplicações que se traduziram em negócios?
Mais do que a vertente do negócio, o foco e a missão do Apps for Good é inovar o modelo educativo, incentivando as escolas a adotar metodologias de ensino mais práticas e aproximadas da realidade (experiência educativa). Oferecemos um conjunto de ferramentas e de conteúdos digitais que colocam o aluno no papel de criadores de soluções digitais para minimizar problemas sociais, com o objetivo de adquirirem, em contexto real, competências essenciais do século XXI.
Assim, não é objetivo final do programa que as ideias se transformem em negócios, mas sim que os alunos ganhem a confiança e as competências essenciais para que de uma ideia se transforme num produto para o bem da sociedade. Valorizamos o processo até chegarem ao produto, pois é aqui, nas aprendizagens graduais, que o impacto acontece.
“O objetivo final é que os alunos ganhem a confiança e as competências essenciais para que de uma ideia se transforme num produto para o bem da sociedade”.
Contudo, e porque a continuidade das ideias é sempre um ponto incentivado, já tivemos conhecimento de uma solução que foi adotada por uma empresa e outras que estão disponíveis nas lojas online. Para este efeito, o Apps for Good realiza todos os anos um evento – App Start Up – que proporciona o contacto entre os jovens alunos e potenciais investidores e cujo objetivo é proporcionar oportunidades de continuidade e financiamento para as soluções desenvolvidas pelos alunos.
Em que consiste o Centro de Cidadania Digital, outra iniciativa vossa. Como é que este centro está a contribuir para o empoderamento das comunidades?
O Centro de Cidadania Digital (CCD), uma iniciativa que iniciámos em 2018 em parceria com a Câmara Municipal de Valongo, contempla vários projetos per se, no caso, o @Atualiza-te, Transforma TI, o InGaming | Inclusive Gaming e o Centro de Apoio às Escolas (CAE). Desde a sua criação que já alcançámos 11037 beneficiários, garantimos 3539 horas de capacitação e realizámos 122 projetos, workshops e atividades.
Com todos estes projetos, pretendemos desde sempre envolver a comunidade de forma pedagógica e, ao mesmo tempo disruptiva, em diversos âmbitos, sob propósitos distintos, mas tendo sempre em mente o desenvolvimento pessoal e educativo de todos participantes, dos mais jovens aos mais seniores. Seja pela capacitação de jovens adultos desempregados na área do marketing digital, pela criação de uma aceleradora de ideias para a apresentação de soluções tecnológicas que resolvam um problema da comunidade, à desmistificação do gaming enquanto ferramenta de aprendizagem, ou através do desenvolvimento das competências digitais de todos aqueles que integram a sua comunidade educativa. Em todos estes âmbitos, o nosso papel passa por orientar a capacitação de todos, com diferentes valências, que, com o apoio de variadas instituições locais, impulsiona múltiplas atividades que até aí se encontravam ainda em fase embrionária e que, com um pequena ajuda, contribuem diariamente para o desenvolvimento desta comunidade.
“O nosso papel passa por orientar a capacitação de todos que, com o apoio de instituições locais, impulsiona atividades que até aí se encontravam ainda em fase embrionária e que, com um pequena ajuda, contribuem para o desenvolvimento desta comunidade”
Dada a sua experiência no setor educacional e tecnológico, como vê a integração da tecnologia nas salas de aula e que evolução perspetiva que venha a acontecer no nosso país?
A integração da tecnologia nas salas de aula tem vindo a ser progressiva e de acordo com as possibilidades das escolas e o conhecimento dos professores. Obviamente que existem ainda debates políticos sobre a melhor forma de concretizar esta integração, mas a evolução da tecnologia e a tendência para a sua utilização ser cada vez mais intuitiva e acessível farão com que este processo vá sendo cada vez mais acelerado. O nosso país tem feito um esforço enorme para a transição digital na Educação focada nas competências dos professores e no equipamento das escolas. Porém, todos estes modelos têm de ser afinados e estão dependentes da recetividade e competências dos professores. Por exemplo, pode não fazer sentido adquirir 1000 computadores para uma escola se não estiver garantida uma equipa de manutenção e apoio informático, assim como não vale a pena investir em hardware quando não existe software ou a qualidade da conectividade necessária.
Quais são as competências digitais que considera essenciais para os jovens portugueses hoje?
Neste momento, a tecnologia é tão abrangente que as competências digitais essenciais variam de acordo com as áreas de interesse e a realidade envolvente de cada pessoa.
Para a Educação poderemos utilizar como referencial o Quadro Europeu de Competência Digital para Cidadãos (DigComp 2.2) que define aquilo que se pretende e que obviamente se encontra ligado às competências consideradas chave na aprendizagem ao longo da vida. Este documento define 5 áreas que a competência digital básica deve englobar: Literacia de informação e de dados; Comunicação e colaboração; Criação de conteúdo digital; Segurança; e Resolução de problemas.
Quais são os próximos passos e projetos futuros que o CDI Portugal está a planear? Existem novas parcerias ou iniciativas em vista? Quais?
Ao longo de onze anos, o CDI Portugal foi sempre inovando e criando novas propostas para a Inovação Social com a utilização da tecnologia. O nosso objetivo final é que os modelos que propomos possam ser adotados como políticas ou práticas públicas. Para isso têm de se provar eficazes e economicamente viáveis. No Apps for Good pretendemos continuar a atualizar conteúdos e metodologias acompanhando as tendências tecnológicas mais avançadas. Queremos internacionalizar o programa a partir do nosso país e estamos já numa fase piloto através da participação das escolas portuguesas no estrangeiro. A nível interno, a expansão para todas as escolas públicas e privadas, incluindo as escolas dos Estabelecimento Prisionais, continuará sempre a ser uma ambição. No Centro de Cidadania Digital a expansão gradual para outros municípios será o passo seguinte dada a fase de consolidação e de notoriedade que o programa já atingiu.
“O nosso objetivo final é que os modelos que propomos possam ser adotados como políticas ou práticas públicas”.
Porém, todos estes objetivos não serão possíveis sem uma relação forte com todos os parceiros, financiadores, institucionais e operacionais a quem queremos sempre dar o maior retorno. Estamos sempre em reformulação da nossa oferta para parceiros financiadores sem perder o foco na nossa missão e de forma que também possam cumprir os seus objetivos de sustentabilidade.
“Queremos internacionalizar o programa a partir do nosso país e estamos já numa fase piloto através da participação das escolas portuguesas no estrangeiro”.
A nível institucional contamos com entidades como a Unesco, as Direções Gerais da Educação, das Atividades Escolares e da Reinserção e Serviços Prisionais entre outros, com quem articulamos estratégias e linhas orientadoras. Operacionalmente procuramos permanentemente parceiros que possam complementar a nossa atividade em áreas que não dominamos. Fazer Inovação Social sem a colaboração em rede com todos os “stakeholders” será sempre uma perda de tempo e esforço que não podemos ousar ter, neste tempo que corre cada vez mais rapidamente.