Já são conhecidos os vencedores do Triggers, programa de aceleração de projetos ambientais da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa gerido pela Casa do Impacto.
O primeiro lugar foi para a start-up La Virgule, a qual tem como missão tornar o mundo do desporto e do ar livre uma realidade circular, transformando equipamentos técnicos, que seriam habitualmente incinerados, em mochilas. A startup ganhou um prémio de 15 mil euros para aperfeiçoar o modelo de negócio que traz circularidade ao mundo do desporto.
Em segundo lugar, vencedora de um prémio de 10 mil euros, ficou a AniMob que oferece um serviço de partilha de terreno e gado, para a área agroalimentar e florestal, através de uma gestão única e comum das terras e dos animais, com o objetivo de reduzir os custos de produção, prevenir os incêndios florestais, reter carbono e aumentar a resiliência dos solos.
A Material Species, um projeto da Studio 8, propõem-se a mudar o paradigma da construção, transformando os resíduos de demolição e construção em materiais de revestimento de qualidade, únicos e personalizados, e recebeu o prémio de 5 mil euros do terceiro lugar.
O Triggers é um programa de aceleração que pretende estimular a geração de novas ideias de impacto ambiental e a sua transformação em soluções tecnicamente viáveis e financeiramente sustentáveis.
Todos os vencedores ganharam um ano de incubação na Casa do Impacto para continuarem a desenvolver e escalar os seus projetos bem, uma bolsa para capacitação no valor de 1.500 euros para cada finalista, bem como acesso à fase de seleção da próxima edição do Fundo +PLUS, da Casa do Impacto.
As etapas do programa
As três soluções vencedores tiveram de passar pela fase de incubação para a concretização das etapas de prototipagem, com o desenvolvimento de um Minimum Value Product, e testar e apresentar os projetos num Demo Day.
Os candidatos ao programa Triggers passaram por uma primeira fase de ideação e matchmaking, para a criação de 25 equipas versáteis, complementares e colaborativas, que foram selecionadas para uma fase de bootcamp.
No final desse período, dez equipas passaram à fase de aceleração, que decorreu ao longo de dois meses com o objetivo de potenciar o modelo de negócio e a sustentabilidade dos projetos, e onde foram selecionadas as três soluções finalistas que foram incubadas durante mais dois meses.
Terminada com sucesso a primeira edição, a partir de agora o programa vai procurar soluções inovadoras para a resolução de problemas e necessidades ambientais, abrindo candidaturas todos os anos.
Para Inês Sequeira, Diretora da Casa do Impacto “a primeira edição deste programa foi muito positiva, conseguimos envolver a comunidade empreendedora de impacto para um programa que está a dar os primeiros passos, mas que ambiciona ser parte de um movimento que ajuda a atenuar das alterações climáticas e que liga vários intervenientes da sociedade civil”.
“Estas startups têm as condições singrar e vão continuar a receber o apoio da Casa do Impacto e dos vários parceiros do programa durante o próximo ano”, diz Inês Sequeira.
Este programa, refere Inês Sequeira, “contribuiu e vai continuar a contribuir para a resiliência climática – onde todos temos um papel, através da criação e promoção de um conjunto de iniciativas e estratégias que colaborem para a adaptação dos sistemas, a um novo ambiente, que promovam o bem-estar comum e que mitiguem muitas das dificuldades decorrentes das alterações climáticas”.
A primeira edição do Triggers contou com o apoio dos quatro parceiros do programa, que integraram o júri da final: Manuel Andrade da UpComing Energies by Galp, Marília Barata da Hovione, Flávia Nobre do Grupo Ageas Portugal e Bárbara Leão de Carvalho da 3XP Global (antiga Grosvenor).