O Triggers é um programa de aceleração promovido pela Casa do Impacto da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que pretende estimular a geração de novas ideias de impacto ambiental e a sua transformação em soluções tecnicamente viáveis e financeiramente sustentáveis, e que respondam aos desafios da Desflorestação, Mudanças climáticas, Poluição, Degradação dos Solos, Gestão de resíduos, Extinção de Espécies (animal e vegetal), e Mobilidade Urbana, essencialmente.
O programa arranca com a segunda edição no final do primeiro trimestre de 2023 e é pela primeira vez apoiada por autarquia, a Câmara Municipal de Cascais.
A parceria com a autarquia permite aos empreendedores testar e explorar as soluções in loco, com a fase de candidaturas a decorrer até 5 de março.
Nesta segunda edição vai ser possível testar as soluções na cidade, floresta e oceano, num “território-laboratório” do concelho de Cascais.
“Continuamos a trabalhar para posicionar Portugal como referência europeia para o impacto ambiental e social, e vamos continuar a apoiar através da incubação, aceleração e investimento nas novas ideias e nos empreendedores para conseguirmos levar as soluções inovadoras aos mais diversos territórios. Hoje, começamos aqui bem perto a explorar estes modelos, em Cascais”, diz Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto.
“As startups de impacto estão a ensaiar as soluções mais ágeis, inovadoras e tecnológicas para problemas ambientais e sociais. Para a Câmara Municipal de Cascais, o ‘Triggers’ significa a abertura e aproximação do nosso território, que se quer um território de experimentação e colaboração, ao ecossistema de impacto ambiental e às suas novas soluções. Cascais é um território com inovação, tecnologia e muita humanização. Em parceria com a Casa do Impacto, queremos co-criar e apoiar o setor do empreendedorismo de impacto no desenvolvimento e teste das suas ideias em ambiente real, com o objetivo de acelerar a transição verde e justa. Acreditamos que daí sairão benefícios ambientais, económicos e sociais para todos. Para este ano, definimos como prioridades a economia circular, a economia do mar e a agricultura urbana regenerativa”, explica Joana Balsemão, vereadora da Câmara Municipal de Cascais.
Terminado o período de candidaturas, e depois de uma pré-seleção, inicia-se a fase de ideação e matchmaking, para a criação de equipas versáteis, complementares e colaborativas.
Serão selecionadas 30 equipas para a fase de bootcamp e, no final deste período, 10 projetos passam à fase de aceleração, que vai decorrer ao longo de três meses com o objetivo de potenciar o modelo de negócio e a sustentabilidade dos projetos.
Depois de passarem por uma fase de incubação para a concretização das etapas de prototipagem, com o desenvolvimento de um Minimum Value Product, e teste, os vencedores recebem prémios no valor total de 30 mil euros e, a novidade, é a apresentação a potenciais investidores.
Premiados da 1ª edição
Na primeira edição, o Triggers premiou três projetos ambientais. O primeiro prémio foi para a startup La Virgule, que torna o mundo do desporto numa realidade circular com mais de mil mochilas sustentáveis vendidas, e o segundo e terceiro lugares foram para a AniMob, que oferece um serviço de partilha de terreno e gado e que tem atualmente um projeto piloto em curso, e para o Studio 8, que transforma os resíduos de demolições e construção civil em materiais de revestimento.
Os três vencedores de 2022 estão incubados na Casa do Impacto a desenvolver e escalar os seus projetos, tal como acontecerá aos vencedores da segunda edição.