A produção de seguro direto em Portugal diminuiu 2% em 2023, somando 11.810 milhões de euros, com o ramo Vida em queda e o Não Vida a crescer, segundo os dados provisórios divulgados pela ASF.
De acordo com o regulador, a quota de mercado das empresas sob supervisão prudencial da Autoridade de Supervisão e Seguros e Fundos de Pensões (ASF) correspondeu a 90,2% (cerca de 10.700 milhões de euros) deste total.
Numa análise por ramos, verifica-se que o ramo Vida registou, tal como no ano anterior, um decréscimo de 14,3%.
Já os ramos Não Vida, mantendo a tendência dos últimos anos, apresentaram um aumento da produção de 10,2%.
No ramo Vida, os planos de poupança reforma (PPR) viram o seu peso aumentar em 1,2 pontos percentuais (24,9% em 2023 e 23,8% em 2022), apesar de a sua produção ter diminuído 10,1% face ao ano anterior, em linha com a tendência do ramo.
Nos ramos Não Vida, a maioria dos ramos apresentaram um crescimento, com a ASF a destacar os “Acidentes e Doença” (13,12%), “Incêndio e Outros Danos” (10,09%) e “Automóvel” (5,78%).
Relativamente à distribuição da produção por grupo económico nos últimos três anos, no ano passado o grupo Fosun (Fidelidade) manteve a liderança, com uma quota de mercado de 30%, sendo ainda de salientar o crescimento da quota do grupo Generali e a recuperação do grupo Santander Totta (em 1,56 e 1,24 pontos percentuais, respetivamente”.
No ramo Vida, o grupo Fosun continuou a liderar, com uma quota de mercado de 30%, destacando o regulador o reforço do grupo Santander Totta e a recuperação do grupo Apax (em 3,45 e 2,93 pontos percentuais, respetivamente).
Já nos ramos Não Vida, também o grupo Fosun manteve a liderança, com uma quota de mercado de 29%.
Segundo a ASF, neste período, dos cinco maiores grupos económicos, apenas os grupos Ageas, Fosun e Generali apresentaram um “ligeiro acréscimo” (0,33 pontos percentuais, 0,18 pontos percentuais e 0,16 pontos percentuais, pela mesma ordem).
Lusa