Procter&Gamble cria grupos de afinidade para entender os consumidores

Um dos quatro pilares do Projeto de Cidadania Corporativa da Procter&Gamble (P&G) é ‘Igualdade e Inclusão’. “Evoluímos de diversidade para igualdade porque temos de trabalhar para a igualdade de todos. Ao chamarmos diversidade, por exemplo, ao facto de ter mulheres na liderança da empresa não estávamos a ser verdadeiramente inclusivos”, explica em entrevista à FORBES a diretora de…
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A aposta na igualdade e inclusão é um dos pilares estratégicos, sendo que, mais de 50% da equipa de liderança em Portugal são mulheres. A empresa diz que todos ganham com a aposta na diferença.
Economia

Um dos quatro pilares do Projeto de Cidadania Corporativa da Procter&Gamble (P&G) é ‘Igualdade e Inclusão’. “Evoluímos de diversidade para igualdade porque temos de trabalhar para a igualdade de todos. Ao chamarmos diversidade, por exemplo, ao facto de ter mulheres na liderança da empresa não estávamos a ser verdadeiramente inclusivos”, explica em entrevista à FORBES a diretora de marketing da P&G Portugal, Carolina Veiga.
A Igualdade e Inclusão são prioridades para a P&G a nível nacional e internacional e começam com os colaboradores. Na área de recrutamento, “atraímos, contratamos e mantemos pessoas com diferentes características na nossa equipa, para que possamos entender melhor o nosso mundo e também os nossos consumidores”, detalha a gestora.

Para fomentar o respeito pelos funcionários, a empresa criou ‘grupos de afinidade’ e desenvolve parcerias com várias entidades em todo o mundo para entender melhor as suas necessidades. A empresa conta com um grupo dedicado à liderança no feminino, outro que promove a igualdade e a diversidade no local de trabalho para os funcionários LGBT e ainda um de apoio às pessoas com outras capacidades.

Carolina Veiga admite que, em Portugal, “ainda há um caminho muito grande a percorrer no que diz respeito a valorização de todos os profissionais independentemente do seu sexo, origem ou orientação sexual”. E lembra que quando se olha para as direções das maiores empresas portuguesas ou para oradores em conferências conceituadas “ainda temos uma representatividade muito baixa de mulheres. Acreditamos que estão a ser dados alguns passos positivos, mas eles têm de ser acelerados”. Mas a P&G já caminha com um passo acelerado, já que, mais de 50% da equipa da filial portuguesa é composta por mulheres e mais de 50% da equipa de liderança em Portugal também é composta por mulheres.

Questionada sobre se a pandemia refreou a estratégia de inclusão, a mesma fonte admite que “2020 foi um repleto de desafios em que o estado de emergência global devido à pandemia de Covid-19 colocou toda a sociedade à prova e exigiu uma reação rápida para enfrentar uma situação sem precedentes”. Mas garante que “na P&G mantivemos as nossas responsabilidades e o compromisso com funcionários, fornecedores, consumidores e clientes. Já tínhamos políticas de flexibilidade e colegas a trabalhar remotamente, mas de forma voluntária e mais pontual. Passamos para um regime obrigatório para todos os colegas”.

A diretora de marketing da P&G admite que todos saem a ganhar com esta aposta na diferença, quando se trata dos colaboradores “Só com um conjunto alargado de diferentes perfis é possível alargar a nossa visão e contribuir para um mundo melhor. Os consumidores que servimos cada dia são diferentes e, por isso, se não tivermos diferentes pontos de vista e experiências nas nossas equipas, não teremos planos ganhadores no mercado em que operamos.

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