A prestação da casa paga ao banco vai reduzir-se ligeiramente em fevereiro para os contratos indexados à Euribor a três e seis meses, ao fim de quase dois anos a subir, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.
Esta é a primeira redução destas prestações em quase dois anos e deve-se à ligeira queda das taxas Euribor em janeiro e que as põe a valores inferiores à média da Euribor na última revisão dos contratos.
Contudo, apesar de ser uma boa notícia pagar menos ao banco para quem tem crédito à habitação, a redução vai ser pequena face à forte subida das prestações desde 2022, que deixou famílias em dificuldades, levando muitas a reestruturarem os seus empréstimos para aliviar a subida.
Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 1%, vai pagar a partir de fevereiro 795,36 euros, o que significa menos 4,56 euros do que paga desde agosto.
Já no que diz respeito aos empréstimos indexados à Euribor a três meses, a prestação da casa – para as mesmas condições – desce para 798,37 euros, menos 3,93 euros mensais face à última revisão, em novembro.
Já no caso dos contratos indexados à Euribor a 12 meses revistos em fevereiro ainda há um aumento da prestação uma vez que este mês a média da taxa Euribor a 12 meses ainda foi mais alta do que em janeiro de 2023.
Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a 12 meses e com um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 1%, vai pagar a partir de fevereiro 769,77 euros, mais 24,20 euros face ao que pagava desde fevereiro de 2023.
Estas simulações foram calculadas tendo em conta as médias da Euribor no mês de janeiro, tendo sido a seis meses de 3,892%, a três meses de 3,925% e a 12 meses de 3,609%.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras Banco Central Europeu (BCE).
As Euribor tiveram uma forte descida em dezembro, depois de o BCE ter decidido deixar as taxas inalteradas em outubro e dezembro e de então se prever um corte a mais curto prazo. Já em janeiro a descida foi menos expressiva pois o mercado passou a considerar muito incerto o momento em que o BCE fará o primeiro corte nos juros.
A média da Euribor considerada para efeitos de revisão de um contrato de crédito de taxa variável é a do mês anterior ao da assinatura do contrato de crédito.
Lusa