O Prémio António Champalimaud de Visão 2024 foi atribuído a quatro neurocientistas estrangeiros que trabalharam no reconhecimento facial, de formas e cor. Margaret Livingstone, Nancy Kanwisher, Doris Tsao e Winrich Freiwald foram os vencedores.
A neurocientista Margaret Livingstone demonstrou que as primeiras áreas que processam a visão são organizadas em partes separadas do cérebro humano, especializadas na cor, na forma, no movimento e na profundidade. Já Nancy Kanwisher, Doris Tsao e Winrich Freiwald descobriram uma área cerebral fundamental no reconhecimento dos rostos humanos.
Na cerimónia de anúncio dos vencedores, esteve presente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que, no discurso na cerimónia, teceu grandes elogios à Fundação, num discurso pautado pela expressão “valeu a pena”. Marcelo Rebelo de Sousa perguntou: “Valeu a pena o gesto criador de António Champalimaud, o desvelo conceptual de Daniel Proença de Carvalho e a liderança singular de Leonor Beleza? Valeu a pena. Valeu a pena o ser uma fundação nacional e universal, à medida da nossa história e destino? Valeu a pena”.
No final da cerimónia, o Presidente da República condecorou o presidente do júri do prémio, Alfred Sommer, com o grau de Comendador da Ordem de Sant’Iago da Espada. A cerimónia contou também com a presença do Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro.
O Prémio António Champalimaud de Visão, no valor de um milhão de euros, é atribuído anualmente. Em anos pares, reconhece os avanços na investigação científica sobre a visão e a sua recuperação. E, em anos ímpares, distingue organizações que se destacam na luta contra a cegueira e problemas de visão.
Esta distinção tem o nome de António Champalimaud, que deixou em testamento a criação da Fundação Champalimaud, uma vez que o industrial faleceu cego e com cancro, uma das doenças estudadas pela fundação.