A propagação da pandemia obrigou a uma revolução nos hábitos de trabalho e acelerou a transição para o teletrabalho, uma mudança que parece estar a ser bem recebida pelos portugueses. De acordo com o Barómetro da Vida Digital dos Portugueses, 81% dos inquiridos afirma que gostaria de permanecer em teletrabalho depois do fim da pandemia.
O estudo, realizado pela Celside Insurance em parceria com a Boutique Research, conclui que entre os que gostariam de continuar em teletrabalho, 33% aceitaria que fosse todos os dias, enquanto 25% gostaria de permanecer em teletrabalho metade da semana, e apenas 16% um ou dois dias por semana.
No sentido contrário, 19% dos inquiridos afirmam que o novo regime de trabalho está a ser uma má experiência. Ainda nesta categoria, 18% afirma que não gosta de trabalhar à distância, e 1% declara mesmo não conseguir concentrar-se trabalhando a partir de casa. Entre a percentagem de portugueses que responde que o teletrabalho está a ser uma má experiência, 69% são mulheres. Este regime torna-se mais complicado para quem tem filhos, já que 53% dos que referem que o teletrabalho está a ser uma má experiência são pais.
Ainda de acordo com o mesmo inquérito, 61% dos inquiridos que estão em teletrabalho consideram que rendem mais do que antes. Para 31%, a justificação reside no facto de aproveitarem melhor o tempo, trabalhando as mesmas horas, mas 30% dos inquiridos, consideram que rendem mais porque em teletrabalho trabalham mais horas do que deviam. No entanto, 14% dos portugueses responde que rende menos por não gostar de estar em teletrabalho e 6% refere que rende menos por ter demasiadas interrupções.