A Lince Capital, sociedade de capital de risco portuguesa independente, liderou a ronda de investimento bridge para a Series A no valor de 2 milhões de euros da Pleez, start-up portuguesa que desenvolveu uma solução tecnológica com o intuito de aumentar e otimizar as vendas dos restaurantes oferecendo um serviço de gestão ativa dos menus dos restaurantes nas plataformas de delivery, tais como a Glovo ou a Uber Eats.
A ronda vai permitir à Pleez duplicar a sua atual equipa para 60 pessoas durante o próximo ano e cimentar a sua presença no mercado ibérico, em linha com o objetivo de ajudar “cada vez mais restaurantes a otimizar as suas vendas e a exponenciar o seu negócio”.
A ronda, que foi liderada pela Lince Capital, contou ainda com a participação dos fundos alemães Atlantic Food Labs e Axel Springer Porsche, ambos investidores prévios da Pleez e que, desta forma, reforçam o seu investimento na startup portuguesa.
O algoritmo da Pleez começa por recolher toda a informação disponível nas plataformas de delivery tanto do próprio restaurante, como dos concorrentes.
“De seguida, é feita uma análise extensiva que, para além desta informação, integra ainda fatores externos relevantes como, por exemplo, as condições climatéricas, o dia da semana, a época do ano, entre outras. Tudo isto é feito de modo a identificar quando e como é que certos itens do menu do restaurante em questão devem ser apresentados aos clientes, otimizando assim a vertente de delivery”, explica a Lince Capital.
“Adicionalmente, os restaurantes têm acesso uma ferramenta que fornece num só local informação 360º do mercado, sendo que cada restaurante tem a sua área de cliente onde podem aceder aos seus dados de vendas e fazer projeções, medir o impacto das alterações dinâmicas ao menu, ou ainda receber informações de mercado relativamente a preços e promoções dos concorrentes”, prossegue o seu enquadramento a Lince Capital.
Todo este processo é feito em tempo real e de forma contínua, com o objetivo de aumentar não só as margens das vendas dos restaurantes, como também o volume global das mesmas.
De acordo com a Lince Capital, “no curto prazo, a adoção das soluções da Pleez tem permitido aos restaurantes aderentes aumentar as suas vendas em cerca de 15%, sendo esse aumento ainda maior no médio e longo prazo. Prova disto, é que em apenas 6 meses, mais de 72.000 pedidos por mês são geridos pela Pleez”.
Afonso Pinheiro, co-fundador da Pleez afirma que “estamos muito felizes e é um orgulho trazer a bordo a Lince Capital, o primeiro grupo de investimento português a juntar-se a nós. Expectantes com o futuro, estamos certos que esta nova ronda de investimento nos ajudará no processo de internacionalização, com o intuito de ajudar todos os players da indústria da restauração a tomar decisões mais informadas em relação aos seus negócios.”
“O posicionamento único da Pleez permite criar valor para todos os intervenientes, quer sejam consumidores, restaurantes ou plataformas de delivery”, realça Vasco Pereira Coutinho, CEO da Lince Capital.
“Não esquecendo que em apenas um ano, temos uma carteira com mais de 300 clientes, abrimos em Madrid, fundamos o primeiro Food Tech Hub em Portugal juntamente com outra empresa da área, lançámos o nosso Dashboard e passamos de uma equipa de 5 para mais de 30 colaboradores”, refere Vasco Sampaio, co-fundador da Pleez.
Vasco Pereira Coutinho, CEO da Lince Capital, explica que “a pandemia veio intensificar a utilização das plataformas como a Uber Eats, a Glovo ou Bolt Food, tendo os restaurantes sentido um grande aumento das vendas através da vertente de delivery.”