A Portugal Ventures, sociedade de capital de risco do Grupo Banco Português de Fomento, em parceria com a ANI – Agência Nacional de Inovação, e com a colaboração da Startup Portugal, vai lançar esta segunda-feira a 2ª Edição da Call INNOV-ID.
A iniciativa tem o objetivo de promover o acesso ao financiamento de capital de risco a projetos de âmbito científico e tecnológico que contribuam para um destes eixos: descarbonização da economia; sustentabilidade de processos, produtos e materiais; maior eficiência e sustentabilidade energética; e maior circularidade da economia.
Com candidaturas abertas de 11 de abril a 20 de maio, a Call INNOV-ID irá investir 100.000€ por projeto, investimento este que se destina ao desenvolvimento de protótipo, prova de conceito, produto (MVP) ou validação de product-market-fit.
Uma vez recebidas e analisadas as candidaturas, a nova edição da Call INNOV-ID será lançada no 4º trimestre de 2022.
À semelhança da edição anterior, as candidaturas terão que ser submetidas exclusivamente através de uma das entidades da Rede de Parceiros de Ignição da Portugal Ventures (e não pelos próprios promotores diretamente).
Na Call INNOV-ID são elegíveis projetos que se encontrem nas fases Pre-seed, Seed ou Early- Stage; de empresas não constituídas ou constituídas há menos de 8 anos, com sede em Portugal Continental ou Ilhas, que já possuam tecnologia desenvolvida.
Também são passíveis de receber apoio os projetos que resultem de investigação e desenvolvimento científico, tecnológico ou académico, desenvolvidos no seio de instituições de ensino superior ou centros tecnológicos, de modo a potenciar a transferência de conhecimento para as empresas e a sua transformação em inovação.
De acordo com os promotores da iniciativa, a Call INNOV-ID pode ainda ser aplicada a projetos que sejam promovidos ou que empreguem recursos humanos altamente qualificados.
“Através do investimento da Call INNOV-ID, pretende-se que os projetos ou empresas com potencial de crescimento possam, numa fase inicial, ter disponibilidade financeira e capitais próprios necessários, que lhes permitam atingir fases de maior desenvolvimento e o levantamento de novos rondas de capital”, refere a Portugal Ventures.
No ano 2020, com o lançamento da 1ª Edição da Call INNOV-ID, a Portugal Ventures recebeu em apenas um mês, 117 candidaturas, tendo investido quatro milhões de euros em 40 projetos.
Rui Ferreira, Presidente da Portugal Ventures, refere que “quando em 2020 fomos convidados pelo Governo para lançar uma Call para projetos pre-seed, com vista a dinamizar o ecossistema empreendedor em plena pandemia COVID-19, acabaram por ser financiados projetos em estágios onde existia uma clara falha de mercado e em setores estratégicos para o relançamento da economia portuguesa, numa altura tão crítica para as empresas nascentes. Passados dois anos, a missão mantém-se, e renovando a parceria com a Agência Nacional de Inovação, voltamos a promover a cooperação entre instituições de ensino superior, centros de interface tecnológico e startups, e a transferência de conhecimento científico e tecnológico para as pequenas e médias empresas, com o objetivo de aumentar a sua capacidade de inovação e de I&D”.
“O número de candidaturas da primeira edição vem confirmar a nossa convicção de que em Portugal se produz conhecimento e inovação de base científica e tecnológica de excelência, competitiva a nível internacional e com capacidade de chegar ao mercado”, diz a ANI.
“O número de candidaturas da primeira edição vem confirmar a nossa convicção de que em Portugal se produz conhecimento e inovação de base científica e tecnológica de excelência, competitiva a nível internacional e com capacidade de chegar ao mercado. Mas temos que continuar a apostar em instrumentos que promovam este processo e esta parceria entre a ANI, Portugal Ventures e FITEC mostrou-se uma ferramenta eficaz para colmatar a falta de algum financiamento para projetos de transferência de tecnologia com crescimento acelerado”, declara João Mendes Borga.
Para este administrador da ANI, “sendo esta segunda edição direcionada para a transição verde, acreditamos que nos chegarão propostas com potencial transformador que contribuam para uma economia cada vez mais competitiva, independe e sustentável”.