Portugal foi um dos países que mais sofreu com ciberataques, em 2020, aparecendo em segundo lugar no top dos 10 países com mais vítimas de phishing a nível do mundo, com 19,7% do total das tentativas registadas, superado apenas pelo Brasil, de acordo com um relatório divulgado pela Kaspersky.
A multinacional de cibersegurança, revela que foram identificados em todo o mundo cerca de 430 milhões de tentativas de ataques de phishing – crime cibernético em que um ou mais alvos são contatados por e-mail, telefone ou mensagem de texto por alguém se passando por uma instituição legítima para atrair indivíduos a fornecer dados confidenciais, como informações de identificação, bancárias, de cartões de crédito e senhas –, no ano passado.
Segundo o documento a que a FORBES teve acesso, com o surgimento da pandemia, os cibercriminosos utilizaram o tema Covid-19 como isco para difundir os seus ataques, uma tendência que os especialistas da Kaspersky, preveem que venha a permanecer ao longo de 2021.
“Este ano podemos ainda esperar um aumento dos ataques contra o setor empresarial, devido à realidade cada vez mais premente do teletrabalho. Da mesma forma, os utilizadores de aplicações e sistemas de mensagens devem permanecer atentos, pois é provável que a quantidade de spam e phishing direcionada a dispositivos móveis também aumente”.
O relatório descreve que os indicadores em ambos os países [Portugal e Brasil] registaram uma ligeira baixa, face a 2019. Neste período, o Brasil apresentava mais 10 pontos percentuais e Portugal mais seis.
França, que não aparecia no top 10 desde 2015, apareceu no 3º lugar, com 17,9%, ao passo que a Venezuela, país que liderou o ranking não só em 2019, mas também nos dois primeiros trimestres de 2020, caiu para o oitavo lugar.
Eis o ranking dos 10 países mais afetados por ataques de phishing:
1º Brasil: 19,94%
2º Portugal: 19,73%
3º França: 17,90%
4º Tunísia: 17,62%
5º Guiana Francesa: 17,60%
6º Catar: 17,35%
7º Camarões: 17,32%
8º Venezuela: 16,84%
9º Nepal: 16,72%
10º Austrália: 16,59%