Depois do empate entre os Estados Unidos e Países Baixos, no outro jogo do grupo, só um resultado importava a Portugal
O dia 27 de julho de 2023 vai ficar para sempre na história do futebol português. Assim como o nome de Telma Encarnação. Depois de duas oportunidades para Jéssica Silva e Kika Nazareth, e confirmando a teoria de que à terceira é de vez, a jogadora do Marítimo marcou o primeiro golo de Portugal num Mundial de futebol feminino. Mas a equipa não ficou por aqui.
14 minutos depois, Kika, uma das nomeadas da lista 30 Under 30 da Forbes Portugal, assinou o 2-0, o resultado que ficou no placard quando terminou a primeira parte. Recorrendo à linguagem futebolística, uma primeira parte onde só deu Portugal.
Na segunda parte, Portugal manteve a posse de bola e as oportunidades de golo, mas a bola acabou por não entrar e foram os golos da primeira metade da partida que ditaram o resultado final.
“Primeira vitória, primeiro jogo em fases finais que não sofremos golos, muito volume ofensivo, muitas coisas boas. Na última jornada a depender só de nós”, disse o selecionador no final da partida. “Agora é recuperar e a partir de amanhã, lá está, na derrota fazer o nosso luto, na vitória festejar até à hora do treino e assim que começar o treino já a preparar os Estados Unidos. É este o nosso foco e é por aqui que vamos”.
O objetivo do selecionador Francisco Neto continua em cima da mesa: a equipa portuguesa chega ao último jogo do grupo a depender dela própria. Frente aos Estados Unidos, as atuais campeãs do mundo, só a vitória interessa para garantir um lugar na próxima fase do torneio.
“O meu maior sonho é estar no Mundial. Um orgulho enorme marcar o primeiro golo de Portugal no Mundial. E é continuar a trabalhar para levar Portugal muito mais longe. É uma felicidade muito grande”, reagiu Telma.
No final da partida, ouviu-se Mariza no Waikato Stadium. Que a letra da música que tem acompanhado o percurso das Navegadoras seja indicativa do que está por vir: “Sei que o melhor de mim está pra chegar”.