Londres está sempre na moda e é por isso que atrai investidores de todo o mundo, sobretudo no que diz respeito ao imobiliário. A consultora imobiliária Douglas Elliman, da rede Knight Frank, divulgou dados para 2023 relativamente às vendas de imóveis premium na capital britânica: os americanos foram os maiores compradores estrangeiros e imóveis de luxo nesta cidade. Os americanos mais abastados estão a ultrapassar os russos e os sauditas no investimento em imobiliário de luxo nesta capital europeia, e estima-se que continuem a investir ainda mais dinheiro este ano.
Ou seja, de acordo esta consultora imobiliária, citada pela CNBC, o Reino Unido deverá ser o maior beneficiário dos 13 mil milhões de dólares (cerca de 12,1 mil milhões de euros), que os norte-americanos preveem gastar em imóveis no exterior durante este ano, valor bem acima dos 10 mil milhões de dólares (cerca de 9,3 mil milhões de euros) do ano passado.
Um dos principais motivos que está a ajudar esta tendência é o facto de o dólar americano estar a valorizar face à libra esterlina que caiu para um mínimo de quatro meses.
A atração recai sobretudo nos bairros de Kensington, St John’s Wood e Belgravia. Só em Kensington, as aquisições dos norte americanos atingiram um peso de 10% no total das transações de 2023, sendo a maior percentagem dos últimos 10 anos.
“Os compradores americanos têm uma grande afinidade com Londres, devido às escolas, aos parques, ao West End e à língua comum. Londres é ainda uma das grandes capitais financeiras do mundo”, disse, à CNBC, Scott Durkin, CEO da Douglas Elliman.
Um dos principais motivos que está a ajudar esta tendência é o facto de o dólar americano estar a valorizar face à libra esterlina que caiu para um mínimo de quatro meses. Com a expectativa de que as taxas de juros dos Estados Unidos permaneçam em alta, o dólar poderá fortalecer ainda mais.
Por outro lado, a segurança é outro ponto a favor, pois os mais afortunados olham para as ondas de crimes, motivados pelo fácil acesso a armas, nas suas cidades com cada vez mais preocupação, e por outro lado, há a apreensão com a possível agitação social em torno das próximas eleições.