A Novo Nordisk foi a estrela da bolsa europeia em 2024. A farmacêutica especializada em diabetes e obesidade viu o seu medicamento Ozempic ser aprovado nos Estados Unidos em 2017 e desde então a sua popularidade aumentou um pouco por todo o mundo. Apesar do medicamento se destinar ao tratamento da diabetes tipo 2, exigindo receita médica, a sua eficácia no combate à obesidade tem feito as vendas explodirem. Em 2022, a empresa lançou ainda o seu “irmão mais novo”, o Wegovy, um medicamento inovador que redefiniu o posicionamento estratégico da companhia e levou-a a valorizar-se perto de 200%.
Neste momento, a Novo Nordisk é a 10º empresa mais valiosa da Europa, num ranking dominado pela alemã SAP, que vale em bolsa qualquer coisa como 330 milhões de dólares (cerca de 285 milhões de euros).
Segundo os dados consultados pela Forbes Portugal no site CompaniesMarketCap. Com, em média, as ações da empresa cresceram 56,8% em 2021, 24,4% em 2022 e 51% em 2023. A empresa atingiu o seu valor máximo em junho de 2024, com uma capitalização bolsista de 640,7 mil milhões de dólares (cerca de 552 mil milhões de euros). Voltou a atingir um pico em Junho deste ano, atingindo os 318 mil milhões de euros, voltando a liderar a tabela das mais valiosas da Europa, mas ficou muito aquém dos valores anteriores alcançados.
Pouco mais de um ano depois do valor mais alto, a companhia de origem dinamarquesa está na posição 64 do ranking das empresas mais valiosas do mundo com uma capitalização bolsista de 215,7 mil milhões de dólares (cerca de 186 mil milhões de euros), e a ações ao preço de 47,22 dólares (40,70 euros) cada. Desde o início do ano a empresa já perdeu 62% de valor acionista. Neste momento é a 10º empresa mais valiosa da Europa, num ranking dominado pela alemã SAP, que vale em bolsa qualquer coisa como 330 milhões de dólares (cerca de 285 milhões de euros).
Companhia apresentou crescimento das vendas e dos lucros
A empresa dinamarquesa apresentou hoje os seus resultados, mostrando que as vendas do Wegovy subiram 67% entre abril e junho deste ano. Segundo os analistas da plataforma de investimento, o desempenho o desempenho mais fraco do Wegovy levanta preocupações sobre a capacidade de a Novo Nordisk manter a sua vantagem competitiva face à sua concorrente direta no segmento da obesidade, a norte-americana Eli Lilly.
No entanto, a empresa demonstrou que o lucro subiu 22% no primeiro semestre, face ao período homólogo do ano passado, atingindo os 7,5 mil milhões de euros. Também as receitas operacionais subiram, para os 20 mil milhões de euros. Ainda assim as ações da empresa seguem a cair cerca de 3,26%.
A portuguesa Paula Barriga, diretora geral da Novo Nordisk em Portugal está de saída para a filial espanhola. Fica ainda por saber quem será o seu sucessor na liderança nacional.