O Fórum para a Competitividade estima um abrandamento do crescimento da economia portuguesa, de 6,8% em 2022 para entre 2% e 2,2% em 2023 e entre 1,2% e 1,6% em 2024, foi hoje divulgado.
No relatório publicado hoje, o Fórum para a Competitividade considera que o crescimento da economia portuguesa será condicionado pelo contexto externo e pelas taxas de juro.
“Em 2024, o consumo deverá permanecer muito moderado, com alguns efeitos contraditórios”, antecipa o documento. O Fórum para a Competitividade espera, pela positiva, algum alívio fiscal e a possibilidade de adiar a subida de prestações do crédito à habitação e, pela negativa, o crescimento fraco do emprego e alguma recuperação da poupança.
Prevê ainda um abrandamento da taxa de inflação de 7,8% em 2022 para entre 4,6% e 5% em 2023 e 2,8% e 3,6% em 2024.
“Em 2024, o consumo deverá permanecer muito moderado, com alguns efeitos contraditórios”, antecipa.
“Para os próximos trimestres, uma das principais incertezas sobre a evolução da inflação prende-se com os preços da energia, que estão a ser afetados pelos cortes na produção da OPEP+ e que poderão conhecer novos desenvolvimentos com a guerra em Israel”, adverte.
Contudo, assinala que “praticamente quase tudo aponta para uma queda da inflação, quer na zona euro quer em Portugal”, com “a desaceleração mundial a contribuir para uma diminuição dos preços de várias matérias-primas, bens e serviços”, a subida das taxas de juro dos bancos centrais, o enfraquecimento da procura e as subidas salariais contidas.
“Em sentido oposto, há a considerar a depreciação do euro, mas que tem tido uma expressão limitada”, refere.
O Fórum prevê ainda um ligeiro aumento da taxa de desemprego, de 6% em 2022 para entre 6,5% e 6,7% em 2023 e entre 6,5% a 6,8% em 2024.
Lusa