Como está desenhada a estratégia de internacionalização da PHC Software?
A PHC Software tem mais de clientes 34 mil clientes em 25 países, mas temos alguns mercados que merecem o nosso foco. Para além do universo africano, temos escritórios em Portugal, Espanha e também no Peru. Este último é a nossa porta para explorar a América do Sul, onde vemos também alguma oportunidade para ajudar a gestão das empresas nesta era digital. Em todos os casos, a nossa estratégia passa sempre por ter um escritório local, construir uma rede de parceiros e ter software adaptado a cada país. É importante que os nossos clientes se sintam acompanhados e que saibam que têm o software adaptado às suas especificidades locais.
A PHC Software tem vindo a ganhar presença no mercado da África lusófona. Qual a estratégia delineada e áreas de atuação onde estão presentes?
Estamos presentes em vários países de África há vários anos. Em particular Angola, Cabo-Verde e Moçambique. Temos sempre uma estratégia de proximidade, com escritórios locais em Luanda e Maputo, com uma rede de parceiros que trabalha diretamente com as empresas para aconselhar as melhores soluções e dar o suporte que necessitam. Estamos, acima de tudo, focados em acelerar a gestão das empresas e trazer as soluções que precisam para terem velocidade a gerir e a decidir. Esta é uma necessidade transversal a todas as empresas, das mais pequenas às maiores, e em vários sectores de atividade. Hoje em dia todos os negócios são negócios de software. E é por isso que a PHC Software tem soluções que se adaptam às necessidades de cada empresa.
E como tem evoluído o contributo destes países para a PHC?
A unidade de negócio, onde se encontra Moçambique e Angola, representa cerca de 7% do volume de negócios da PHC Software. E é uma área que tem crescido o seu volume de faturação nos últimos anos, fruto da transição digital das empresas. Os números têm acompanhado esta tendência, com crescimento acima de dois dígitos nalguns países, novos clientes e alguns recrutamentos que temos feito. Queremos continuar este caminho e contribuir também para a economia e criação de emprego nestes países.
É possível identificar a chave do sucesso nestes mercados?
A chave de sucesso da PHC é composta por três ideias muito simples para responder à crescente necessidade de software de gestão por parte das empresas. Primeiro, ter um produto muito forte, que responda às necessidades de gestão e em constante crescimento. Depois, a credibilidade da marca PHC, que dá segurança às empresas e é um garante que quem usa o nosso software continuará a ser um produto que responde às alterações da lei e continuará a ser atualizado. Por fim, a rede de parceiros PHC que garante o acompanhamento próximo no terreno. Quem compra PHC compra estas três coisas.
Qual o montante de investimento canalizado para estes países?
Temos por política não relevar os montantes de investimento por país. Mas posso adiantar que os mercados africanos continuam a ser uma das nossas grandes apostas, com a proximidade e foco que os nossos clientes esperam.
Em termos de gestão de equipas, e por se tratar de mercados distantes, quais os constrangimentos que enfrentam para impulsionar a cultura PHC Software?
A PHC Software é uma empresa com uma cultura muito forte e isso é trabalhado desde o primeiro momento, mesmo à distância. O on-boarding de cada colaborador é pensado ao pormenor, existe um conjunto de atividade em todas as geografias para dinamizar a nossa cultura e a tecnologia ajuda também a manter o entrosamento. Nalguns casos, também tivemos colaboradores a viajar para a nossa sede mundial, em Lisboa, e alguns colaboradores a deslocarem-se às nossas instalações noutros países. Tudo isto permite manter esta cultura diferenciada e que nos permite construir este software espetacular para os nossos clientes.
Equacionam reforçar a presença nestes dois países ou mesmo expandir o negócio para outros países africanos?
Temos vindo a reforçar a nossa presença em Angola e Moçambique, integrando mais estas geografias na estrutura global da empresa. Tem sido importante para melhorarmos a nossa atividade local. Neste momento, temos também dado alguma atenção maior a Cabo-verde, mas para já estes três países são o nosso foco em África.
Como é que a transformação digital tem sido vista ou adotada nesses países?
Como referi, todos os negócios são negócios de software. Hoje, não é possível gerir uma empresa de sucesso sem recurso a tecnologia, pois só assim é possível ter processos rápidos, informação para tomar melhores decisões em tempo útil, e cumprir com as obrigações legais que as máquinas fiscais cada vez mais obrigam. Alem disso, esta necessidade já não é apenas uma questão de faturação ou financeira, tem-se alargado a todas as áreas das empresas, como a human capital management, a gestão comercial, logística, colaboração interna, entre outras. E ter todas estas áreas integradas numa solução completa é fundamental para ter empresas competitivas. As empresas em África estão cada vez mais conscientes desta necessidade e sabem que a PHC estará ao seu lado para as ajudar nesta transição para a era digital.
Entretanto, em Portugal, têm casa nova…
Inaugurámos este ano a House of Digital Business, que é a nova sede mundial da PHC Software, em Lisboa. Um edifício com oito mil metros quadrados, que é o centro da nossa criação de software para todo o mundo. É um espaço que ambiciona ser mais do que um local onde desenvolvemos soluções, mas um verdadeiro ecossistema para pensar, inovar e dinamizar soluções de gestão para as empresas na era digital.