O Emerald Group é o novo dono da sociedade de capital de risco Optime Investments depois de ter adquirido os restantes 68% do capital da empresa portuguesa. Pedro Cardoso, antigo presidente executivo do Banco Nacional Ultramarino, será o novo homem-forte à frente da sociedade capital de risco ao ser nomeado presidente do conselho de administração.
O gestor que assumiu, em 2011, a presidência do BNU, com sede em Macau, chegou a ser eleito, em 2017, “Banqueiro do Ano” na Ásia, pela revista “World Finance”. Ao longo dos sete anos da gestão de Pedro Cardoso as receitas do BNU registaram um crescimento de 107% e o número de clientes cresceu 17%.
Em comunicado, o grupo detido pelo advogado e empresário N’Gunu Tiny, realça que “a experiência dos novos órgãos sociais da empresa conferem uma nova dinâmica na relação entre o negócio, o regulador e os restantes stakeholders, com uma forte aposta no talento do seu património humano”. O conselho de administração será ainda composto por Pedro Jordão, que até recentemente liderou a Direção Operações Bancárias do Banco Atlântico Europa, e por Paulo Dinis, antigo managing director da Accenture. O cargo de presidente da mesa da assembleia é atribuído a António Luís Jerónimo Lopes, antigo diretor do departamento de Vigilância dos Mercados da Comissão Mercado do Mercado de Valores Mobiliários.
No mesmo comunicado, pode ler-se que a Optime Investments foi constituída com o objetivo de dinamizar o investimento nos mercados de Capital Privado (Private Equity) e Capital de Risco, com particular incidência nos setores da indústria, alimentação, energia, banca e seguros, tecnologia, infraestruturas, turismo, imobiliário e empreendedorismo social”.
Com a nova estrutura acionista, a sociedade de capital de risco vai poder beneficiar “de sinergias provenientes da rede global de parceiros do Emerald Group”, detalha ainda o grupo detido por N’Gunu Tiny, “interligando mercados maduros com economias emergentes em África, Ásia e Médio Oriente, com uma particular atenção ao mercado lusófono, e capitalizando a língua portuguesa, enquanto ativo socioeconómico e cultural, o seu atual portefólio tem capacidade para se tornar uma plataforma convergente de recursos nestas regiões”.
O negócio foi concluído no passado dia 16 de março através da holding para investimentos estratégicos na Europa, Emerald Group.