De forma cada vez mais recorrente, vamos assistindo à integração de termos como Internet of Things, Inteligência Artificial, Realidade Aumentada, Machine Learning ou Computação Quântica no léxico empresarial, com um impacto direto a vida das pessoas.
Estamos a assistir à transição da Indústria 4.0 para a Sociedade 5.0, que requer uma transformação cultural, muitas vezes profunda, pela forma como a tecnologia é adotada. Na Sociedade 5.0 – conceito que reflete as preocupações sobre o futuro da sociedade, mais inclusivo e sustentável – a tecnologia e os seres humanos interagem de forma equilibrada, para resolver desafios sociais complexos, promovendo o bem-estar.
Um olhar inclusivo é também um olhar atento sobre o papel das mulheres.
E se é certo que o futuro se baseia em tecnologia, é então importante ver as conclusões do Boletim Estatístico de 2022 sobre a Igualdade de Género em Portugal que indica que, “apesar de em Portugal existirem mais mulheres nas áreas STEM do que na média da União Europeia, elas ainda se encontram sub-representadas (…). Em 2021, as mulheres representavam 37,7% das pessoas diplomadas em STEM”. É premente desenvolverem-se programas de requalificação e upskilling, e incentivar-se precocemente o interesse das meninas por áreas STEM (Science, Technology, Engineering e Mathematics).
Para garantir que a Sociedade 5.0 seja verdadeiramente humana e inclusiva, é fundamental que a tecnologia seja desenvolvida e utilizada com foco no bem-estar social e na justiça, dando prioridade à ética, promovendo a inclusão digital e a literacia tecnológica, e combatendo bias tecnológico que resulta de algoritmos definidos de forma pouco eficiente.