O EPR 2021 – European Payment Report, estudo da Intrum, revela que 58% das empresas portuguesas entendem que a pandemia as motivou a melhorar a sua gestão de risco dos pagamentos em atraso. O valor está em linha com a média europeia, que se situa nos 59%.
“As empresas viveram uma nova realidade em 2020 que, em 2021, as levou a uma gestão diferente e mais atenta. Tanto empresas como consumidores em toda a Europa enfrentarão tempos difíceis após a crise COVID-19 e esta recessão é de natureza única, já que muitas empresas foram forçadas a fechar devido a restrições e confinamentos impostos pelos governos”, salienta a Intrum.
Salientam estes especialistas que “a COVID-19 contribuiu para uma mudança de mentalidade nas empresas”, levando à “adoção de novas estratégias, comportamentos e, as empresas portuguesas não foram exceção alterando as suas prioridades estratégicas”.
Segundo este barómetro, em Portugal, 34% das empresas referiu ter como prioridade estratégica, para este ano, a reavaliação de contratos com os principais fornecedores e parceiros; fortalecer a liquidez e tesouraria (32%), desbloquear um novo crescimento (30%) e melhorar a gestão da dívida (27%). Estas são as iniciativas estratégicas mais mencionadas no estudo da Intrum.
Com o impacto da pandemia, as empresas tiveram a necessidade de se reinventar e por isso, tomaram medidas que não teriam tomado se a crise não existisse.
De acordo com o EPR 2021, a aceleração digital do negócio foi a medida mais adotada pelas PME (38%). Em contrapartida, apenas 20% das grandes empresas seguiu este caminho.
O desenvolvimento de novos produtos e serviços foi a medida mais adotada pelas grandes empresas (26%), cinco pontos percentuais acima da média europeia. Em contrapartida as PME portuguesas ficaram-se pelos 16%, mas também acima da média europeia, que foi de 12%.
“Apesar de todas as dificuldades que as empresas têm vindo a passar ao longo dos últimos dois anos, há também uma perspetiva positiva a reter. Em 2021, 48% dos empresários portugueses afirmam estar entusiasmados com o crescimento e o futuro, mais do que em anos anteriores. Na Europa, a média é de 45%”, observa a Intrum.