A economia dos Países Baixos entrou em recessão no segundo trimestre deste ano, com Produto Interno Bruto (PIB) a cair 0,3%, depois de ter recuado 0,4% no trimestre anterior, anunciou hoje o Instituto de Estatística dos Países Baixos. A economia dos Países Baixos registou a sua primeira recessão técnica desde a pandemia de covid-19, devido à redução das despesas dos consumidores e ao comportamento das exportações, esclarece o instituto de estatística em comunicado, citado pela agência de notícias financeiras Bloomberg.
A queda do PIB neerlandês, de 0,3% no segundo trimestre, segue-se ao recuo de 0,4% observado no primeiro trimestre, e ficou muito aquém do crescimento de 0,2% previsto pelos economistas consultados pela Bloomberg. Os Países Baixos têm agora de enfrentar uma situação económica difícil e a tensão política causada pela demissão do primeiro-ministro Mark Rute, por causa das políticas de asilo e migração, não tornam as coisas mais fáceis. As eleições para a câmara baixa do parlamento terão lugar em 22 de novembro deste ano.
Escassez de mão de obra é também um dos fatores da recessão
Por de trás da recessão verificada no segundo trimestre está também a escassez de mão de obra, o enfraquecimento da procura externa pelos parceiros comerciais europeus e a subida acentuada das taxas de juro, à medida que o Banco Central Europeu (BCE) procura controlar a inflação.
“A estabilidade e a previsibilidade são agora necessárias, por isso temos de ter cuidado para não perturbar a economia e também para aumentar os impostos”, disse o ministro dos Assuntos Económicos, Micky Adriaansens, à agência noticiosa holandesa ANP.
A análise dos dados revela ainda que o consumo interno diminuiu 1,6%, enquanto as exportações registaram uma contração de 0,7% e as despesas públicas aumentaram 0,7%.
Lusa