A Pagaqui, empresa que atua no setor dos pagamentos, acaba de ser integrada no grupo internacional SaltPay com um objetivo bem definido, a expansão da atividade em Portugal. Em entrevista à FORBES, o presidente executivo da Pagaqui, João Barros, assume que “a grande aposta no crescimento vai passar pela contratação de mais de 600 profissionais, de diversas áreas, até ao fim de 2022”.
Na calha está também a implementação do novo Hub Tecnológico do Porto que João Barros refere que originou um investimento de cerca de 40 milhões de euros. Neste montante, está incluído o valor destinado a contratações e construção deste novo polo tecnológico.
João Barros explica que, com esta integração, a empresa vai beneficiar do “enorme know-how que a SaltPay detém em mercados internacionais, nos seus serviços e produtos com uma forte componente de tecnologia e inovação”. Questionado sobre se a marca portuguesa desaparece, a mesma fonte garante que a empresa será SaltPay, mas “o selo PAGAQUI” vai continuar a existir nos produtos que estiverem disponíveis para os clientes.
O presidente executivo da Pagaqui refere que a contratação de cerca de 600 novos colaboradores, até ao fim de 2022, tem como mote “fazerem parte do Hub Tecnológico do Porto. Só este ano iremos captar 180 novos talentos, para o fim do próximo ano, a meta será de 550 contratados”. Neste momento, de acordo com João Barros, “já temos 40 funcionários do Hub que se encontram em regime de teletrabalho devido ao confinamento. O nosso target de áreas a contratar será nas engenharias de software e de infraestruturas tecnológicas”.
De acordo com o CEO da empresa, atualmente, a rede de agentes cobre todo o território nacional e ilhas, mas a intenção reforçar a presença. “Temos mais de 3200 agentes oficiais distribuídos pelo País e a nossa intenção é continuar a crescer, oferecendo mais e melhores serviços”. João Barros destaca ainda que uma das principais apostas “é trazer soluções para o segmento dos pequenos e médios retalhistas e que possamos ser um alicerce na melhoria dos seus negócios”.
Também no que se refere aos clientes a estratégia será de crescimento. Neste momento, conta com 4.500 clientes em carteira, sendo que “a tendência será sempre para reforçar, seja através de novos investimentos ou parcerias que possamos fazer”, diz a mesma fonte.
Sobre o impacto do cenário de pandemia em que se vive, João Barros admite que “o ano de 2020 revelou-se difícil e muito desafiante”. E detalha que as perdas na PAGAQUI rondaram os 30%, devido, sobretudo, “às quebras nas vendas de bilhetes para transportes públicos, que para nós representa uma grande fatia na faturação”. A mesma fonte explica ainda que, no primeiro confinamento, a empresa conseguiu colocar toda a equipa de cerca de 50 pessoas, a trabalhar a partir de casa em menos de 24 horas. Neste novo confinamento, as equipas já estavam melhor preparadas para a nova realidade, o que tornou mais fácil a adaptação.
Entretanto a nova dona da Pagaqui contratou Telmo Filipe Fernandes para as funções de Global Head of People and Cultural Global Functions da SaltPay Portugal.